Empregados destacam que novo critério é absurdo; movimento sindical vai cobrar revisão do modelo
Os critérios definidos pela diretoria da Caixa para o pagamento do Bônus Caixa têm gerado reclamações. O programa (que alcança apenas alguns segmentos) prevê que aqueles que podem recebê-lo precisam ter, cumulativamente, determinada nota na GDP e sua unidade de lotação ter alcançado determinada nota no Conquiste.
Agora, a direção “inova”, estabelecendo que não basta nem alcançar o “Azul” do Conquiste: também é necessário atingir ao menos 90% de “Geração de Valor”. Para alguns dos empregados afetados pela decisão, o critério é absurdo e uma mera forma de a direção justificar o não pagamento dos valores.
“Na verdade, é mais um absurdo da administração da Caixa e só mostra como a definição das metas pela alta direção do banco é distante da realidade. E, como sempre, acaba penalizando os empregados”, critica o diretor sindical Hugo Saraiva, ponderando que, se o objetivo do bônus é motivar, o efeito obtido é justamente contrário.
O diretor presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros, também questiona o fato de a direção do banco considerar que uma agência que está em “Alta Performance” não “gera valor”. “Vamos cobrar da Vicop e da Vired a revisão do modelo”, afirmou.
Anos anteriores - O movimento sindical sempre foi contrário ao modelo de bônus adotado pela direção da Caixa, pois, além de ser aplicado apenas a parte dos empregados, tem as regras estabelecidas unilateralmente pela empresa e presta-se a reduzir a verba disponível para ser aplicada em outras finalidades, como o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
E os problemas observados nos últimos anos mostraram que a crítica é correta: em 2021 muitos precisaram devolver parte do dinheiro e, em 2020, o então presidente prometeu uma “surpresa” para o bônus. Ela se materializou em um aumento das metas no último mês do ano, deixando o pagamento mais distante, entre outros desacertos da administração – revertidos, ao menos em parte, após atuação das entidades representativas.
Redação, com informações da Apcef-SP