Área restrita

Covid 19 - Desligamento por óbito cresce entre trabalhadores celetistas

Coronavírus
Tipografia

Estudo do Dieese aponta salto de 71,6% entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021


Covid-19: desligamento por óbitos cresce O número de trabalhadores vitimados pela covid-19 no Brasil cresce a cada dia e se reflete em vários estudos. Segundo pesquisa recente divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) houve, por exemplo, aumento nos casos de afastamento por óbito de trabalhadores celetistas. Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos por morte do emprego celetista cresceram 71,6%.
Nas atividades de atenção à saúde humana em geral o crescimento foi de 75,9%. Entre os médicos os desligamentos por morte triplicaram, chegando a 204% e, entre os enfermeiros, duplicaram (116%), sendo que na Educação o aumento foi de 106,7%. Mas três categorias trazem variações ainda maiores no comparativo: Eletricidade e Gás (142,1%), Informação e Comunicação (124,2%) e Atividades Financeiras, Seguros e Serviços Relacionados (114,6%).
Embora sem um levantamento oficial dos casos, a contabilidade dos sindicatos bancários também revela esse expressivo número de mortes pela doença no País. Só na Caixa, cujos empregados vêm atendendo milhões de brasileiros por conta do auxílio emergencial, o número de mortes por coronavírus nos primeiros dois meses de 2021 já supera o total de vítimas de março a dezembro de 2020 do ano passado.
De janeiro até agora, pelo menos 21 bancários do banco público foram vitimados pela doença, mais do que os 19 registrados em 2020. E se a esse total for somado o número de trabalhadores terceirizados falecidos, o número de vítimas de covid-19 deve triplicar.
Apesar das muitas negociações sindicais iniciadas desde o início da pandemia, com a Contraf-CUT à frente reivindicado medidas de proteção nos locais de trabalho, manutenção do home office e vacina já (inclusão no grupo prioritário), a doença infelizmente avança a passos mais rápidos.
“A única forma de tentar mudar essa trágica realidade é com a vacinação imediata da categoria bancária. Estamos reivindicando essa inclusão no grupo prioritário em todas as instâncias possíveis, das prefeituras ao Congresso. Os bancos também se mantêm calados, mas também deveriam pressionar para que isso acontecesse, pois a vacina protegeria bancários, clientes e usuários”, destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

Para mais dados sobre o estudo do Dieese (que traz ainda recorte sobre a situação no Amazonas) acesse:


https://www.dieese.org.br/boletimempregoempauta/2021/boletimEmpregoEmPauta18.html