Região já tem mais de 300 mortes; em um mês, registro de casos cresceu sete vezes
O Grande ABC registrou, até ontem (13), 309 mortes por covid-19, com 3.240 pessoas infectadas e 6.041 aguardando resultado dos testes. A taxa de letalidade da região segue alta (9,5%, maior que em São Paulo, com 8,3%, e acima do patamar nacional, de 6,8%.), mas há pelo menos uma boa notícia no que diz respeito à ocupação de leitos. Segundo levantamento da imprensa regional, há ampliação em São Bernardo e São Caetano.
Até ontem, a taxa de ocupação era de 71,8% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema (Mauá não distinguiu o tipo de internação dos pacientes e Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não contam com leitos do tipo). Ainda segundo a pesquisa, das 181 vagas de emergência disponíveis no Grande ABC 130 estavam ocupadas. No entanto, São Bernardo anunciou para esta quinta, 14, a inauguração do Hospital de Urgência, com 250 leitos, sendo 80 de UTI. E São Caetano abriu 50 novas vagas no Hospital São Caetano.
De acordo com a Prefeitura de São Bernardo o Hospital de Urgência será o maior do País exclusivamente para tratamento da covid-19, vai atender demandas de toda a região e da Grande São Paulo, com o controle de oferta feito em parceria com a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross). Nos próximos dias Santo André também deverá liberar mais dez leitos de UTIs no hospital de campanha do Estádio Bruno Daniel, quando a estrutura do Complexo Pedro Dell’Antonia alcançar 70% da capacidade (atualmente está em 60%).
Lotados – Os novos leitos chegam em boa hora, já que algumas unidades de saúde do Grande ABC atingiram 100% da taxa de ocupação de leitos exclusivos para a covid-19. É o caso do Centro Hospitalar Municipal de Santo André, do Hospital Nardini e das Unidades de Pronto Atendimento de Mauá. Em Diadema, dos 20 leitos de UTI do Hospital Municipal 17 estão preenchidos.
A taxa de ocupação é menor nas enfermarias da região: 58,2%. São 335 pessoas em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, num total de 575 unidades.
Letalidade – De acordo com o Instituto ABC Dados a maior taxa de letalidade da região está em Mauá, com 15,7%, seguida de São Bernardo (11,6%) e Ribeirão Pires (10%). São Caetano, que tem o maior número de casos por 100 mil habitantes, registra o menor índice de letalidade, com 4,3%. Com base em levantamentos fornecidos pelas prefeituras, o Consórcio Intermunicipal do ABC divulgou que, nas sete cidades, em um mês, os casos confirmados de covid-19 cresceram sete vezes. No mesmo intervalo, entre 13 de abril e 13 de maio, o número de óbitos foi nove vezes maior.
Solidariedade – Ao mesmo tempo em que a doença avança pelo País crescem os casos nos bairros e regiões mais carentes do País. Ali, onde muitos não têm o isolamento social como opção, pois ganham por dia, o auxílio emergencial demora ou nem chega, também é preciso sobreviver e, para isso, ações solidárias são vitais. Uma delas é a campanha que o Sindicato promove e que, em parceria com a Fundação Banco do Brasil e o Movimento Movimento de Defesa dos Direitos de Moradores em Núcleos Habitacionais resultou em 900 cestas básicas para comunidades de Santo André.
A campanha prossegue recolhendo doações de alimentos, produtos de higiene e limpeza e roupas, que podem ser feitas de quatro formas: com entrega na sede do Sindicato, na rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, das 10h às 16h; com retirada no local desejado (agendar pelo telefone 11 99798-4732) ou via depósito. No caso de depósito em espécie deve ser efetuado na conta corrente 00001809-0 - agência 2075 da Caixa, operação 003. Pelo sistema PagSeguro o valor fixo de doação é de R$ 50, com acesso pelo link https://pag.ae/7VZiouZb8.