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Rodízio anunciado por Covas irá prejudicar trabalhadores

Coronavírus
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Medida atrapalha o deslocamento de trabalhadores, empurrando os que se deslocam hoje de carro para o uso de transportes coletivos, elevando o risco de contaminação dos mesmos

A CUT São Paulo vem a público manifestar preocupação com o rodízio de carros anunciado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na última quinta-feira 7, que vai retomar e endurecer o rodízio de carros em toda a capital, a partir desta segunda-feira 11.

Os carros com placas de final par (0, 2, 4, 6 e 8) só poderão rodar em dias da semana pares e veículos com final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9), nos dias ímpares.

A decisão que vale durante as 24 horas do dia, incluindo sábados e domingos, deixa de fora os profissionais de saúde, essenciais no enfrentamento da Covid-19, mas afeta outros tantos, principalmente os mais pobres.

O rodízio de placas pares e impares na cidade como medida para conter a pandemia é oposta aos cuidados necessários de combate ao coronavírus, obrigando trabalhadores dos setores privado e público, que não foram classificados como essenciais, a comparecerem aos locais de trabalho.

A medida atrapalha o deslocamento de trabalhadores, empurrando os que se deslocam hoje de carro para o uso de transportes coletivos, elevando o risco de contaminação dos mesmos.

Cobramos da prefeitura que essas medidas sejam revistas urgentemente no sentido de proteção à população de São Paulo.

Ao invés de criar regras de trânsito de veículos sem planejamento, considerando o conjunto da classe trabalhadora, a prefeitura deveria cobrar dos governos estadual e federal ações efetivas que suspendam, por exemplo, a cobrança de tarifas públicas como água, energia elétrica, e outras relacionadas à moradia, para ajudar de fato a população no urgente isolamento social para evitar a propagação da Covid-19 quem tem infectado e matado tanta gente.

Fonte: CUT