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Sindicato propõe ações para tentar brecar a pandemia; mortes pela Covid no Grande ABC ultrapassam 5 mil

Coronavírus
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Entidade quer dialogar com poderes públicos e apresentar reivindicações da categoria e sociedade

As mortes por covid-19 nas sete cidades do Grande ABC atingiram ontem (17) 5.051 pessoas. No total, a região soma 143.040 casos confirmados da doença. Com a lotação dos hospitais, crescem também os registros de mortes na fila de espera pelo atendimento. O Sindicato vem encaminhando propostas para as prefeituras, câmaras e consórcio intermunicipal para tentar auxiliar no controle da pandemia. No entanto, até agora não há respostas aos ofícios enviados.
“Nós estamos diariamente ligados no que acontece nas agências bancárias e sabemos das necessidades da categoria. Por isso, queremos dialogar com estes poderes e participar da busca de alternativas para tentar conter essa pandemia. É um momento extremamente difícil para todos, com um governo federal que pouco se importa com a vida, e ainda mais complicado para aqueles que já estão em situação de maior vulnerabilidade”, aponta o diretor sindical Gheorge Vitti. Esta é a segunda vez, desde o início da pandemia, que o Sindicato protocola ofício nas prefeituras dos municípios regionais para reivindicar providências em relação à situação das agências bancárias, com o objetivo de proteger a categoria, clientes e usuários dos bancos.
Entre as propostas apresentadas pelo Sindicato diretamente vinculadas à categoria estão, por exemplo, que os bancários sejam incluídos entre os grupos prioritários nas campanhas de vacinação/imunização; retomada da campanha de conscientização para que as pessoas evitem ir às agências, utilizando canais alternativos ou agendando o serviço; criação de legislação específica sobre o distanciamento quando houver filas (pelo menos 1,5 metros, conforme recomendação da OMS); demarcação de calçadas próximas às agências bancárias (com 1,5 metros de distanciamento entre uma marca e outra); cobrar dos bancos que disponibilizem luvas e álcool gel para contagem de dinheiro (no caso dos trabalhadores) e para utilização em caixas de autoatendimento (clientes).
Já para a sociedade em geral há a reivindicação de que seja realizada campanha regional reforçando a importância do isolamento social e uma outra para formar um Banco de Arrecadação com doações de alimentos não perecíveis e roupas, auxiliando famílias menos favorecidas da região – veja todas as propostas no quadro.
Mesmo no momento mais grave da pandemia de covid-19 no Brasil a Fenaban não se compromete com a suspensão das demissões na categoria. Na reunião de terça-feira passada, esperava-se que os bancos respondessem sobre voltar a suspender as demissões, como foi negociado no início da pandemia, no ano passado, mas isso não ocorreu – leia mais sobre o assunto no site do Sindicato. O Comando Nacional vai organizar atividades em defesa da vida e da saúde no próximo dia 24.


Região – De acordo com levantamento de jornal regional, a pandemia, que começou na região em 15 de março de 2020, atingiu em pouco mais de três meses o primeiro milhar de mortes, em 23 de junho de 2020. Para 2.000 óbitos foram menos de dois meses e, em 19 de agosto de 2020, o Grande ABC chegou a 2.005 vítimas fatais. O espaço de tempo para o terceiro milhar foi de três meses - em 28 de novembro de 2020 a região chegava a 3.003 óbitos. Noventa dias depois, em 27 de janeiro de 2021, a região totalizava 4.005 perdas. E agora, em menos de três meses, as sete cidades passam de 5.000 mortes.