Enquanto se debatem fases da flexibilização e corrida para se chegar à imunização do coronavírus, valor da cesta básica dispara no País
O governo de São Paulo atualizou na sexta passada (4) a classificação das regiões no plano de reabertura das atividades econômicas durante a pandemia do coronavírus, e por pouco o Grande ABC não retrocede para a fase amarela, mais restritiva. Após revisão do balanço diário de mortes a fase laranja foi mantida. Até ontem, 9, a região contabilizava 2.283 mortes pela doença.
São Bernardo é a cidade com mais óbitos, 816, o que equivale a 35,7% dos falecimentos por covid-19 nas sete cidades. Já Santo André registra 514 vítimas, seguida de Diadema (403), Mauá (282), São Caetano (177), Ribeirão Pires (69) e Rio Grande da Serra (22).
Em relação aos casos o Grande ABC já identificou 59.093 contaminados, sendo 26.423 em São Bernardo, 16.486 em Santo André, 7.631 em Diadema, 3.717 em Mauá, 3.316 em São Caetano, 1.019 em Ribeirão Pires e 501 em Rio Grande da Serra. Do total 47.838 pessoas já se recuperaram.
No Estado foram contabilizados 7.793 diagnósticos, chegando a 866.576 casos. Mais 391 mortes foram confirmadas ontem, somando 31.821 vítimas da covid-19, e 717.423 foram curados. O Ministério da Saúde informou que o Brasil registra 5.197.889 contaminações, 128.539 óbitos e 3.453.336 recuperados.
A semana que passou também foi marcada pela polêmica causada com a suspensão dos testes da vacina desenvolvida pelo laboratório Astra Zeneca e a universidade de Oxford, por conta do aparecimento de doença neurológica em uma paciente, embora ainda não se possa relacionar o caso ao medicamento. No Brasil, o eterno ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello havia afirmado pouco antes que “em abril a gente começa a vacinar todo mundo”, mas como o acordo é justamente com o laboratório... Também em SP se promete campanha de vacinação ainda em dezembro, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Alimentos – Enquanto se discutem fases de flexibilização e vacina, o fato concreto é que os alimentos subiram de preço. Os preços médios de produtos da cesta básica aumentaram, em agosto, em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. O arroz é um caso clássico: levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o preço do produto aumentou 120% nos últimos 12 meses, e a expectativa é que só comece a baixar no ano que vem.
Com isso, torna-se urgente a adoção de políticas que possam amparar o trabalhador brasileiro, mas a verdade é que até mesmo o auxílio emergencial teve seu valor reduzido. Ser solidário é também uma importante iniciativa nesse momento: participe da campanha de doações do Sindicato, doando alimentos, roupas e produtos de higiene e limpeza aos mais necessitados. Para mais informações entre em contato pelo telefone 11 99798-4732.