São mais de 115 mil vítimas fatais; Grande ABC ultrapassa 2 mil mortes
O Brasil completou nesta semana seis meses do primeiro caso registrado por covid-19. Chega com um triste recorde: 3,6 milhões de casos confirmados e mais de 115 mil mortes, o que faz do País o segundo mais afetado no mundo - está atrás apenas dos EUA, mas, mesmo assim, considerada a média a cada 100 mil habitantes, supera a tragédia norte-americana na proporção de 55,05 mortes contra 54,18, segundo a Johns Hopkins University. No Grande ABC, até a quarta, 26, de acordo com levantamento de jornal regional, o total era de 2.155 mortes.
Apesar do surgimento de boas notícias nos últimos dias, como a queda na média móvel (semanal), e das perspectivas de uma vacina que possa aniquilar o vírus, especialistas alertam para a necessidade de que a população continue a se cuidar. A regra é a mesma: usar máscaras, limpar as mãos com água e sabão ou álcool gel com frequência, evitar aglomerações e só sair em caso de necessidade. No mundo, por conta da flexibilização e retomada da rotina, vários países vêm registrando novas ondas de contágio.
Nesses seis meses, se os cuidados seguem os mesmos, mudou a maneira como os médicos e profissionais da saúde passaram a lidar com a doença. Considerada inicialmente como uma enfermidade pulmonar, a covid-19 mostrou ser sistêmica; ou seja, ataca vários órgãos e funções do corpo; deve ser tratada rapidamente, aos primeiros sintomas, e pode deixar sequelas. A necessidade de combater a inflamação generalizada, atenção especial à circulação e garantia de boa oxigenação são práticas que já foram incorporadas ao atendimento.
“As boas práticas com os pacientes graves salvam vidas, não as tentativas esdrúxulas de uso de terapias sem evidências científicas”, afirmou ao UOL o infectologista Fernando Bozza, do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz. Sua declaração remete a outros ensinamentos trazidos pela pandemia, como a necessidade de se valorizar a ciência, a pesquisa científica e os sistemas públicos, para todos, como é o caso do Sistema Único de Saúde, o SUS. Também ficou claro, embora muitos ainda não tenham admitido, que é preciso colocar a vida acima dos interesses econômicos, pois sem ela não há economia. E que se deve estar atento à origem das informações, pois até mesmo na tragédia grassam fake news.
Solidariedade - Com a pandemia, o desemprego, que já era uma constante no País, aumentou exponencialmente pelo fechamento de pequenas empresas e comércios. Muita gente precisou e continuar a precisar de auxílio para sobreviver. Por isso, se puder, seja solidário: uma maneira de fazê-lo é doando roupas, alimentos e produtos de higiene e limpeza. A campanha lançada pelo Sindicato para arrecadação dessas doações continua ativa. Entre em contato pelo 11 99798-4732; colabore!