Em 24 horas foram confirmados 401 novos casos; flexibilização pode ter recuo, como já ocorre no interior do Estado
O governo do Estado anunciou nesta semana que o Grande ABC passou para a fase laranja do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena, com reabertura da atividade econômica. Com isso se permite o funcionamento de shoppings, imobiliárias, comércio de rua, escritórios e concessionárias de veículos em horário reduzido, a partir da próxima segunda, 15. No entanto, contágio e mortes por coronavírus continuam altos na região, que até o último dia 11 contava com 799 óbitos e 401 novos casos confirmados em 24 horas, segundo o instituto ABC Dados.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a decisão de flexibilizar a quarentena na região metropolitana, que inclui as sete cidades do Grande ABC, considerou principalmente o avanço de 40% na capacidade hospitalar da Grande São Paulo, com 304 novos leitos de UTI, o que reduziu a taxa de ocupação nos hospitais para 68% - na avaliação anterior, há 14 dias, segundo o secretário, o índice era de 86%.
Apesar de reivindicada pelo comércio, a flexibilização da quarentena não é bem vista pelas entidades e associações médicas de modo geral, porque o Brasil não reúne as condições básicas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde. Entre elas estão, por exemplo, o controle da transmissão (os casos continuam batendo recordes), a testagem massiva, medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho e a informação efetiva sobre medidas de higiene e novas normas.
Em determinadas regiões que já foram reabertas – cidades do interior do Estado como Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto – foi preciso recuar e voltar à quarentena por conta do crescimento de casos após a flexibilização. O médico Dráuzio Varella, que coordena estudo sobre a doença, publicou no último dia 8 vídeo em que considera esse como o pior momento da pandemia do coronavírus no País - veja em https://revistaforum.com.br/coronavirus/drauzio-varella-afirma-que-estamos-no-pior-momento-da-pandemia-do-coronavirus/.
Na verdade, ainda não se tem com clareza se o País chegou ao topo, se mantém ascenso ou está num platô de casos. Embora algumas regiões tenham registrado bons prognósticos - como Florianópolis, por exemplo, que chegou a ficar 32 dias sem mortes por covid-19, em outras o crescimento continua a bater recordes.
Apesar da reabertura no Grande ABC continua suspensa a possibilidade de retomada do consumo interno nos shoppings, salões de beleza, restaurantes e bares, além de academias e atividades culturais e de lazer, como teatros, cinemas e parques.
Campanha – Independentemente da flexibilização, prossegue ativa a campanha solidária de doações promovida pelo Sindicato, que tem como objetivo auxiliar famílias mais carentes nesse momento de pandemia. Para basta levar os produtos e/ou roupas à sede do Sindicato, na rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, das 10h às 16h, ou solicitar a retirada no local desejado (pelo telefone 11 99798-4732). No caso de depósito em espécie, deve ser efetuado na conta corrente 00001809-0 - agência 2075 da Caixa, operação 003. E pelo sistema PagSeguro, via internet, o valor fixo de doação é de R$ 50, com acesso pelo link https://pag.ae/7VZiouZb8.