Retirada de direitos também se faz presente na MP 905, que taxa até os desempregados
A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro propôs ontem (18), entre as medidas para atenuar a crise gerada pela epidemia do coronavírus, a redução proporcional de salários e jornada de trabalho. A inciativa, na avaliação do Sindicato, demonstra mais uma vez a falta de sensibilidade e distanciamento do presidente da Repúblicas com as reais necessidades da sociedade brasileira.
“O que ele propõe é precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores brasileiros, já atacados pelas reformas trabalhista, da Previdência, terceirização ilimitada e flexibilização nas leis que deveriam protegê-los”, destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, lembrando que também foi aprovado nessa semana, pela comissão mista, o texto da MP 905, do contrato verde e amarelo, que cria imposto até mesmo para os desempregados – a MP ainda precisa passar pela Câmara e Senado, mas, se aprovada, trará muitos outros prejuízos, como o trabalho aos finais de semana, por exemplo.
Não por acaso, no mesmo dia em que anunciou as medidas contra o coronavírus, Bolsonaro foi alvo de panelaços por todo o Brasil. “A sociedade está dando um basta a esse presidente, que não melhorou em nada a economia, retirou direitos e está completamente desconectado da realidade do País”, destaca Belmiro.