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Bancário pode ajudar a informar sobre coronavírus

Coronavírus
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Há informações básicas, mas nem todos têm acesso a elas – até porque, no mais alto posto da Nação, a doença é tratada de forma totalmente irresponsável 

- Por favor, será que você pode usar esse álcool gel depois que eu lhe entregar o dinheiro? Estou preocupado, porque acho que a senhora faz parte do grupo de risco do coronavírus, não faz? Ah, não, não quis chamá-la de idosa, mas é que outro dia a senhora me disse que tinha diabetes, lembra?

A cena é fictícia, mas poderia muito bem ter ocorrido em qualquer agência bancária. É no atendimento direto, pessoa a pessoa, que a preocupação com a transmissão do coronavírus se amplia. E o medo, logicamente, porque todos, sem exceção, podem se contagiar e contagiar a outros.

O movimento sindical já encaminhou reivindicações para trabalho home office, proteção aos grupos de risco, redução das aglomerações nas agências. Muitos bancos começaram a adotar medidas, outros ainda patinam, o que é inaceitável, porque a reação tem de ser urgente. E, no mais alto posto da Nação, o presidente despreza a agressividade da doença e faz de conta que nada está acontecendo. Nele aparentemente não há o corona, mas o vírus latente da ignorância, dupla ameaça para toda a sociedade brasileira.

Enquanto tudo isso ocorre velozmente, e o tempo é curto para entender tantas mudanças, o bancário pode, sim, ser parte importante desse processo. Pode ajudar a informar clientes e usuários dos bancos como se proteger e proteger a seus familiares, desde a etiqueta respiratória (espirrar ou tossir no antebraço, por exemplo) até ficar em casa, restringindo saídas às essenciais. Mas atenção: nada de fake news, porque informação incorreta também pode levar (ou ampliar) ao caos.

O bancário, nesse momento, é tão vítima quanto todos, mas pode também ser um elemento-chave na propagação de informações fundamentais para reduzir ao máximo o contágio pelo coronavírus. E nesse papel tão fundamental pode contar com o Sindicato para o que for necessário: repassar informações, denunciar irregularidades nas medidas protetivas adotadas pelos bancos, reivindicar melhorias durante esse processo que, espera-se, não seja tão longo.

- Diabetes?, responde a cliente, sorrindo. Ah, tenho sim... Hum, álcool gel cheiroso, parece essa minha balinha diet... Vai querer uma, menino?!