Fenaban garante também, para 2021, reposição da inflação mais aumento real de 0,5% para salários e demais verbas; além da manutenção de todas as cláusula da CCT por dois anos e da PLR nos moldes atuais, com reposição da inflação nos valores fixos e tetos
Os bancos, que em diversas rodadas de negociação da Campanha dos Bancários 2020 insistiam em reajuste zero para a categoria, finalmente avançaram na proposta. Após várias horas de negociação, que iniciou às 16h de quinta-feira 27 e se estendeu até a manhã desta sexta-feira 28, a Fenaban (federação dos bancos) propôs reajuste de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil. E ainda a reposição da inflação (estimada em 2,74% no período) para demais verbas, como vales alimentação e refeição e auxílio-creche/babá.
O reajuste de 1,5% nos salários + abono de R$ 2.000,00 para todos este ano garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários. Isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS.
Os bancários e bancárias devem avaliar a proposta apresentada e votar neste link
Veja como ficam salários com 1,5% de reajuste + abono de R$ 2 mil:
Veja como ficam VA, VR e demais verbas com a reposição da inflação (estimada em 2,74%):
Manutenção da CCT e aumento real em 2021
E para 2021, estaria garantida para todos a reposição do INPC acumulado na data base e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como VA e VR, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos, o que dá segurança para a categoria neste contexto de retirada de direitos dos trabalhadores.
PLR
A Fenaban, que já tinha voltado atrás nas propostas rebaixadas de PLR, reforçou na mesa desta quinta a manutenção da PLR nos moldes atuais, e também propôs reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) para os valores fixos e tetos da PLR.
Entre a primeira proposta da Fenaban e a proposta atual, os bancários conseguiram reverter os rebaixamentos que os bancos queriam fazer na regra de PLR. Com a manutenção da regra e a atualização nos valores fixos e tetos, entre a primeira proposta e a atual, a PLR média estimada a ser paga nos 3 maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) teve um acréscimo de 12,2% para o piso de escriturário e 9,4% para o piso de caixa.
Veja tabela:
Home office.
Além de manter todas os direitos previstos na CCT por dois anos, o que dá fôlego para a categoria no contexto de retirada de direitos, a Fenaban concordou em clausular condições para o home office (teletrabalho), que era uma das reivindicações da categoria na Campanha deste ano