Diretores do Sindicato percorrem agências do banco na região e constatam que consequências do programa são piores do que imaginavam
Os problemas gerados pelo Multicanalidade - recente programa de atendimento implantado pelo Santander - são ainda mais graves do que se imaginava. Funcionários do segmento Van Gogh estão sem estrutura mínima para trabalhar, e os PJ, que seguem em ambiente externo expostos à insegurança das ruas para conquistar clientes, estão cada vez mais desorientados.
Os poucos bancários que ficam para atender nas unidades estão sofrendo com agências superlotadas, dispondo, na maioria delas, de dois Gerentes de Atendimento (Especialistas) e, no máximo, dois caixas. "Muitas dessas agências estão recebendo clientes migrados de outras que estão fechando, caso da unidade do bairro Planalto, em São Bernardo, prevista para fechar dia 25/03 e que terá seus clientes direcionados para a agência Lucas Nogueira Garcez, que nem fica tão próxima, aumentando muito a demanda e a sobrecarga de trabalho", informa o diretor sindical Rafael Lara.
Condições de trabalho – Além da sobrecarga na jornada, o banco foi cobrado também por outras péssimas condições de trabalho nas unidades, como, por exemplo, as falhas no ar-condicionado. Agências como Planalto e Demarchi, em São Bernardo; Visconde de Inhaúma, em São Caetano, e a Agência 3200, em Mauá, apresentaram problemas.
"É um desrespeito à NR17 do Ministério do Trabalho, que recomenda que a temperatura ideal no ambiente de trabalho é entre 20 e 23 graus centígrados", lembra o secretário de Saúde do Sindicato, Itamar Batista, também funcionário do banco.
"Vamos continuar fiscalizando as agências para cobrar da direção do Santander uma solução, porque o sofrimento dos funcionários tem sido constante, desumano", aponta o diretor sindical Ageu Ribeiro.