Banco não aceitou conceder anistia total; trabalhadores terão mais sete meses para compensação
O banco Santander anunciou a prorrogação, até 31 de março de 2024, do acordo de compensação de horas negativas não trabalhadas durante a pandemia, com o aumento de 10% de abatimento, considerando as faixas de horas realizadas pelos funcionários no semestre. O acordo atual perderia a validade nesta quinta-feira, 31 de agosto.
Com a prorrogação, não haverá desconto na folha de pagamento em setembro, e os trabalhadores terão mais sete meses para compensação, até 31 de março de 2024. Também haverá um percentual de desconto no saldo, a depender de horas extras realizadas no período de 1º de setembro a 29 de fevereiro de 2024, nos seguintes termos:
20% para empregados que compensar de 30 a 59 horas;
30% para empregado que compensar de 60 a 100 horas;
40% para empregado que compensar de 101 a 150 horas;
50% para empregado que compensar de 151 a 180 horas.
Infelizmente, o banco não aceitou conceder anistia total; ou seja, não considerou o esforço de grande parte dos trabalhadores para o pagamento dessas horas geradas no período da pandemia e nem o fato de que muitos desses bancários ficaram impossibilitados de trabalhar presencialmente, ou mesmo em home office, porque não foram dadas condições para o trabalho remoto.
Afinal, entre esses trabalhadores muitos eram do grupo de risco para a covid-19, como gestantes, idosos, pessoas com comorbidades e PCDs. “O Santander mais uma vez demonstrou sua falta de sensibilidade e de reconhecimento para com os que fazem seu lucro bilionário, os trabalhadores”, destaca o diretor sindical Rafael Lara.
Redação, com informações da Contraf-CUT