A não demissão é uma das 17 reivindicações apresentadas pelo movimento sindical aos bancos, em decorrência da propagação da doença causada pelo novo coronavírus
Atendendo pedido do Comando Nacional dos Bancários, o banco Santander emitiu nota comunicando que não iniciará nenhum processo de demissão em todo o território nacional durante o período mais crítico da epidemia de COVID-19.
“A medida é necessária para evitar a apreensão que existe entre os funcionários, que temiam a demissão pelo descumprimento de metas, ou por deixar de trabalhar em virtude das medidas tomadas contra o contágio e a propagação da doença”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia.
“É uma pena que a medida não tenha sido proativa, mas uma reação do banco às cobranças do movimento sindical. Neste momento de crise, o banco deveria pensar de uma forma mais humana e se preocupar mais com a saúde de seus funcionários e clientes”, completou o dirigente da Contraf-CUT.
A nota do banco informa, ainda, que haverá demissões apenas nos casos de justa causa ou de violação do Código de Ética da organização.
Outras reivindicações
Em reunião por videoconferência, realizada na manhã de segunda-feira (23), o Comando Nacional dos Bancários apresentou uma relação com 17 reivindicações à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Entre as reivindicações, o movimento sindical pede para que os bancos mantenham apenas as atividades consideradas essenciais pelo decreto 10.282/2020, que, no setor financeiro, são: “compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras” e que, além disso, o atendimento dos casos de extrema necessidade (como, por exemplo, os idosos que não tenham como usar outro meio e dependam do atendimento para sua sobrevivência), sejam realizados somente mediante agendamento prévio, para preservar os clientes e os trabalhadores.
Os bancos vão responder às reivindicações do Comando Nacional dos Bancários ainda nesta terça-feira (24).