Diretor do Sindicato Yasuki Niiuchi participou do encontro virtual
Durante reunião realizada ontem (30) a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil (BMB) cobrou da empresa melhores condições de trabalho nas agências, o fim da extrapolação da jornada e o excesso de horas extras.
Além disso, reivindicou um novo protocolo de prevenção e sanitização das agências e demais unidades do banco em virtude da covid-19 e a apuração e solução imediata de casos de assédio moral praticado por uma gerente regional em Belo Horizonte.
O diretor do Sindicato, Yasuki Niiuchi, participou do encontro virtual. Ele destacou que o BMB “atende uma parte vulnerável da sociedade, que são os aposentados e pensionistas”, mas há filas e aglomerações nas agências, e cobrou seriedade do banco tanto no trato com essas pessoas quanto em relação aos trabalhadores.
O coordenador da COE, Marco Aurélio Alves, lembrou que funcionários do banco têm denunciado aos sindicatos essa superlotação nas agências, excesso de horas extras e extrapolação da jornada de trabalho, que em muitos casos chegam a 12 horas (das 7h às 19h) ininterruptas, nos dias de maior movimento.
“Essa exploração dos trabalhadores do Mercantil do Brasil tem ocasionados diversos casos de adoecimento entre os bancários e um eventual aumento de casos transmissão de covid-19 devido ao aumento de horas de trabalho e do consequente tempo de exposição dos funcionários ao vírus”, completou.
Na reunião ficou estabelecido que o Mercantil do Brasil receberá um documento dos sindicatos sobre a implementação de novos protocolos sanitários para as suas agências. O documento em questão foi construído baseado em resoluções do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest) e contempla vários pontos e resoluções que possibilitam mais conforto e segurança, tanto para os funcionários e quanto para os clientes e usuários.
Caso em BH - Foi relatado durante o encontro que o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região continua recebendo diversas denúncias de trabalhadores angustiados com os excessos de uma gerente regional, que vem, reiteradamente, praticando assédio moral, impondo humilhações e constrangimentos aos seus subordinados.
Em um caso específico, uma funcionária não suportou a pressão psicológica e acabou pedindo demissão, depois de mais de dez anos de vínculo empregatício com o banco. “Casos como esse são inadmissíveis! Repudiamos essa prática e esperamos que o Mercantil do Brasil coloque fim a ela rapidamente”, afirmou o coordenador da COE do BMB.
Os representantes do banco argumentaram que a gerente já havia sido advertida em uma denúncia anterior feita pelo sindicato e que, por conta disso, não responde mais pela rede de agências. Mesmo assim, os representantes se prontificaram a, mais uma vez, conversar diretamente com a gerente e levar as denúncias ao conhecimento da diretoria executiva do banco.
“Os sindicatos estão mobilizados para cobrar do banco um novo protocolo de saúde e o fim do assédio moral praticado pelos superiores. É inadmissível que o Mercantil ainda não tenha tomado medidas mais eficazes. Tanto sobre um caso quanto sobre o outro”, concluiu Marco Aurélio.
Fonte: Contraf-CUT, com edição