Desde fevereiro de 2015, quando o presidente mundial do HSBC, Stuart Gulliver, anunciou que o banco poderia sair do Brasil, a Contraf-CUT, federações e sindicatos têm atuado na defesa do emprego dos 21 mil trabalhadores do banco inglês. Em 12 meses de trabalho incansável, as entidades realizaram diversas ações sindicais, buscaram apoio político de autoridades e do governo e também atuaram juridicamente, com o respaldo do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Durante todo o processo de venda do HSBC o foco era e, continua sendo, o emprego. Os bancos vendem produtos e serviços numa sociedade capitalista onde eles próprios são mercadoria. Não é tão raro assim um banco comprar outro banco. A preocupação é que em cada episódio destes, empregos são sacrificados. Famílias são penalizadas. O trabalhador paga a conta.
Ao longo desse período, apesar das incertezas, a luta do Sindicato conseguiu manter milhares de bancários em seus empregos, com um acordo de não demissão injustificada durante análise do processo pelo Cade e o Banco Central. Além disso, a participação do Sindicato como terceiro interessado na análise da venda que vem sendo feita pelo Conselho de Administração é uma atuação inédita, que permitirá que os interesses dos trabalhadores sejam levados em conta, pela primeira vez, durante o processo.
Embora o Banco Central já tenha aprovado a venda, conforme anunciado pela imprensa em 5 de janeiro, para que a transação seja concluída é preciso ainda aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ainda sem data definida. O Cade tem uma grande responsabilidade nas mãos nesse momento. Em suas análises do passado ele se posicionava em relação aos empregos envolvidos no processo; e o Sindicato considera ser essa a análise devida, correta e honesta com a sociedade e os trabalhadores.
Clique AQUI para ler as notícias sobre o HSBC