Banco confirmou informação à imprensa e enviou comunicado interno; no entanto, não há menção aos interesses de seus trabalhadores, demonstrando total desrespeito
O banco HSBC informou nesta sexta, 22, que pode vender sua unidade brasileira, após as demonstrações de interesse no negócio terem aumentado e o Santander Brasil ter informado que também consideraria a compra. Paralelamente, também divulgou no início da manhã um comunicado interno a seus funcionários, confirmando a possibilidade de venda e com 10 questões que tratam do tema, mas sem considerar os interesses dos trabalhadores.
Todas as perguntas e respostas estão relacionadas ao funcionamento do banco, e num único item (o sexto) os funcionários são citados, ainda que subjetivamente: ´(...) não haverá nenhum impacto imediato para vocês (os trabalhadores) nem para nossos clientes´. Classificando a possível venda como resultado de uma “revisão contínua”, o banco inclui no pacote a Losango e a Seguradora, mas não revela os nomes dos possíveis compradores. Segundo o HSBC nenhuma decisão sobre a transação foi tomada até agora.
“É um absurdo que o banco divulgue um comunicado a seus funcionários sem apresentar qualquer interesse pelo destino do emprego dessas pessoas. Um desrespeito total, já que também não houve qualquer iniciativa de diálogo com o Sindicato”, aponta Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.
Venda - O presidente-executivo do Santander Brasil, Jesus Zabalza, disse nesta semana que estava estudando os termos de compra do HSBC, apesar de ter declarado que pretendia saber mais detalhes antes de tomar uma decisão. Além do Santander Brasil, também houve interesse de Bradesco, do BTG Pactual, do canadense Bank of Nova Scotia e do chinês ICBC. O Itaú também declarou seu interesse há três dias.
O HSBC deve selecionar um comprador preferencial para sua unidade brasileira a partir do mês que vem, segundo informou a agência de notícias Reuters no último dia 13. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, as ofertas podem não ultrapassar o valor contábil do banco, estimado em cerca de 3,3 bilhões de dólares.
Fontes: UOL/Reuters, com Redação