A Comissão de Organização dos Empregados (COE ) do HSBC, que assessora a Contraf-CUT, discutiu a conjuntura atual com os rumores de que o banco possa sair do Brasil e o impacto disso para futuro dos funcionários. A notícia sobre a venda da operação de varejo e de parte do banco de investimento no Brasil foi veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times, no dia 17 de abril e, após essa reunião, solicitou com a direção do banco para pedir esclarecimentos sobre as informações que estão sendo veiculadas na imprensa e sobre a real situação do banco nesse momento.
Avaliação da COE é de que o momento é bastante delicado e que o clima nos locais de trabalho é de muita tensão, por conta dos boatos que surgem a todo o momento. "Não podemos aceitar que as mudanças que possam vir a ocorrer no banco prejudiquem os trabalhadores", afirmou Cristiane Zacarias, funcionária do banco em Curitiba e coordenadora da COE HSBC.
Preocupação é preservar empregos
A Contraf-CUT decidiu pela formação de uma força-tarefa para ir a Brasília dialogar com parlamentares, com o Banco Central e com o governo , para que os funcionários não fiquem alijados do processo de mudança de destino do banco. Também está encaminhando ofícios aos agentes envolvidos para agendar esses encontros.
A maior preocupação dos bancários é com o emprego que já viveram uma situação parecida quando o Bamerindus foi comprado pelo HSBC. "Nós nos adiantamos, conversamos com todas as autoridades envolvidas e isso contribuiu para que o processo não significasse demissão em massa dos bancários. Vamos fazer o mesmo agora", afirma Sergio Siqueira, funcionário do banco e da direção da Contraf-CUT.