Reivindicação do movimento sindical é suspensão das demissões e reversão das já ocorridas
“Nossa principal luta é pela manutenção do emprego, é pelas pessoas. Não vamos nos omitir em realizar qualquer tipo de manifestação em defesa do emprego, e nenhum instrumento utilizado pelo banco vai nos impedir de fazer nosso papel”. Assim o diretor sindical Belmiro Moreira, funcionário do HSBC, define os protestos que vêm sendo promovidos pelo movimento sindical cutista contra as centenas de dispensas promovidas pelo banco inglês desde o último 6 de novembro, que, segundo informações extraoficiais, podem atingir mais de 800 trabalhadores.
No Grande ABC, onde ocorreram oito dispensas, várias agências foram paralisadas, com a distribuição de carta aberta a clientes e usuários esclarecendo sobre a situação dos trabalhadores do HSBC. Como resultado das manifestações nacionais, houve encontro no Ministério Público do Trabalho do Paraná (em Curitiba), que orientou ao diálogo, e uma primeira negociação na tarde de ontem (13), entre representantes da empresa e da Contraf-CUT e dos sindicatos dos bancários de Curitiba e São Paulo. Nela, a direção do HSBC concordou em suspender as demissões enquanto durarem as negociações. A reunião continua nesta sexta-feira (14).
Os representantes do banco afirmaram para os dirigentes sindicais que não existe intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Também negaram boatos de que o HSBC cogita deixar o Brasil, ressaltando que a matriz fez recentemente capitalização de R$ 1 bilhão na filial brasileira, demonstrando interesse em permanecer no País. O movimento sindical reivindica não só a suspensão das demissões como a reversão das já ocorridas.
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