Documento será avaliado durante 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e, posteriormente, entregue ao banco
O Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú reuniu, nesta quinta-feira (6), bancários de todo o Brasil para aprovar a pauta de reivindicações que será debatida na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que será realizada entre os dias 7 e 9 de junho, em São Paulo. O documento será posteriormente entregue ao banco.
“O encontro reforçou a importância do diálogo e da negociação para enfrentar os desafios e avançar em pautas essenciais para a categoria, ao mostrar que a união dos trabalhadores é fundamental para conquistar melhorias e garantir direitos”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização (COE) do Itaú, que destacou três pontos que foram definidos como prioritários para negociação com o Itaú. “Diversidade, convênio médico e ramo financeiro, além dos pontos permanentes da mesa negociação, que são emprego, saúde, condições de trabalho, remuneração e segurança bancária”, concluiu.
A primeira mesa de trabalho do encontro focou na análise de conjuntura, com a presença de Ivone Maria da Silva, presidenta do Instituto Lula. Ivone destacou a complexidade de realizar essa análise nos últimos anos. “Desde que entrei no banco, em 1989, eu vi várias mudanças no Brasil e no mundo. Uma crise econômica está causando uma crise política, isso no mundo todo,” disse Ivone. Ela apontou o crescimento do fascismo como um fenômeno recente e preocupante, exacerbado pelo governo Bolsonaro. “Nós ganhamos a eleição para presidente, mas não conseguimos mudar o congresso, e isso mantém nossos problemas, como os ataques ao movimento sindical, que ainda não cessou,” acrescentou.
Ivone também ressaltou a necessidade de aprender com os desafios enfrentados nos últimos anos, como o impeachment, a reforma trabalhista, a pandemia agravada pelo “desgoverno” e os ataques à democracia. “Temos também de avançar em pautas fundamentais para o nosso dia a dia, como da diversidade, dos direitos dos LGBT+, das mulheres, de raça e dos PCDs. É importante a gente pensar nisso, nessas mudanças da sociedade, com todas as evoluções tecnológicas, e como nós vamos estar inseridos nelas,” concluiu Ivone.
Daniel Spósito Pastore, diretor jurídico, trabalhista e criminal, relações sindicais e de segurança do trabalho do Itaú, reforçou a crença na importância do movimento sindical no país. “Fundamental num movimento natural e civilizatório como deve ser. E vocês exercem isso dentro da trincheira da defesa do trabalhador. Nós temos o nosso papel do lado empresarial e com negociações podemos avançar. A lógica é que temos de andar juntos neste processo, para levar as concordâncias para frente,” afirmou Pastore.
Daniel concordou com Ivone sobre a necessidade de mudança. “Tem pessoas que ainda estão presas nos modelos mentais de 60, 70 e 80. A gente sabe que ainda tem pessoas que estão presas no modelo mental pré-Lei Áurea, mas aí não vale a pena nem citar,” disse Daniel. Ele concluiu ao enfatizar o orgulho de fazer parte do movimento sindical dos bancários, considerado vanguardista nas negociações. “Nossa influência política é muito grande e a gente precisa manter, manter como indo para mesa, sendo vanguardista, fechando acordo, concordando em divergir e é isso que faz a diferença.”
O encontro continuou com uma análise do balanço do primeiro trimestre da holding e dos dados de 2023, feita pela economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cátia Uehara, uma apresentação do Diretor-presidente da Fundação Itaú, Reginaldo José Camilo, e debates sobre as ações do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e sobre diversidade e segurança bancária.
Ao final do encontro, Valeska Pincovai e Maria Izabel Menezes foram escolhidas como as novas coordenadoras da COE Itaú. Valeska lembrou que há um grande desafio pela frente com as mudanças que estamos enfrentando com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial e a disputa dos bancos e fintechs no mercado financeiro. “O fechamento de postos de trabalho e a mudança de modelo bancário afeta os trabalhadores bancários que estão sendo pressionados o tempo todo em meio a esse furacão. Estamos vivendo uma era de impacto profundo e isso afeta a saúde mental dos bancários. Eu espero que consigamos passar por estas mudanças de uma maneira humana, apesar da IA, na construção de saídas conjuntas por um melhor ambiente de trabalho, com respeito e preservação de direitos, criação de alternativas para conter os desligamentos e gerar novos postos de trabalho, tudo isso articulando com os sindicatos e trabalhadores bancários de todo país.”
Isabel apontou como o grande compromisso de assumir a coordenação é manter o diálogo com o banco. “Estamos enfrentando momentos difíceis, com fechamento de agências e demissões”. Porém, ela garante que também vai buscar avanços. “Queremos, com muita luta e negociação, conquistar novos direitos, até porque a COE do Itaú tem uma tradição vanguardista, com conquistas como o GT de saúde. Este é o grande desafio para esta nova coordenação”.
“O encontro reforçou a importância do diálogo e da negociação para enfrentar os desafios e avançar em pautas essenciais para a categoria, ao mostrar que a união dos trabalhadores é fundamental para conquistar melhorias e garantir direitos”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização (COE) do Itaú, que destacou três pontos que foram definidos como prioritários para negociação com o Itaú. “Diversidade, convênio médico e ramo financeiro, além dos pontos permanentes da mesa negociação, que são emprego, saúde, condições de trabalho, remuneração e segurança bancária”, concluiu.
A primeira mesa de trabalho do encontro focou na análise de conjuntura, com a presença de Ivone Maria da Silva, presidenta do Instituto Lula. Ivone destacou a complexidade de realizar essa análise nos últimos anos. “Desde que entrei no banco, em 1989, eu vi várias mudanças no Brasil e no mundo. Uma crise econômica está causando uma crise política, isso no mundo todo,” disse Ivone. Ela apontou o crescimento do fascismo como um fenômeno recente e preocupante, exacerbado pelo governo Bolsonaro. “Nós ganhamos a eleição para presidente, mas não conseguimos mudar o congresso, e isso mantém nossos problemas, como os ataques ao movimento sindical, que ainda não cessou,” acrescentou.
Ivone também ressaltou a necessidade de aprender com os desafios enfrentados nos últimos anos, como o impeachment, a reforma trabalhista, a pandemia agravada pelo “desgoverno” e os ataques à democracia. “Temos também de avançar em pautas fundamentais para o nosso dia a dia, como da diversidade, dos direitos dos LGBT+, das mulheres, de raça e dos PCDs. É importante a gente pensar nisso, nessas mudanças da sociedade, com todas as evoluções tecnológicas, e como nós vamos estar inseridos nelas,” concluiu Ivone.
Daniel Spósito Pastore, diretor jurídico, trabalhista e criminal, relações sindicais e de segurança do trabalho do Itaú, reforçou a crença na importância do movimento sindical no país. “Fundamental num movimento natural e civilizatório como deve ser. E vocês exercem isso dentro da trincheira da defesa do trabalhador. Nós temos o nosso papel do lado empresarial e com negociações podemos avançar. A lógica é que temos de andar juntos neste processo, para levar as concordâncias para frente,” afirmou Pastore.
Daniel concordou com Ivone sobre a necessidade de mudança. “Tem pessoas que ainda estão presas nos modelos mentais de 60, 70 e 80. A gente sabe que ainda tem pessoas que estão presas no modelo mental pré-Lei Áurea, mas aí não vale a pena nem citar,” disse Daniel. Ele concluiu ao enfatizar o orgulho de fazer parte do movimento sindical dos bancários, considerado vanguardista nas negociações. “Nossa influência política é muito grande e a gente precisa manter, manter como indo para mesa, sendo vanguardista, fechando acordo, concordando em divergir e é isso que faz a diferença.”
O encontro continuou com uma análise do balanço do primeiro trimestre da holding e dos dados de 2023, feita pela economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cátia Uehara, uma apresentação do Diretor-presidente da Fundação Itaú, Reginaldo José Camilo, e debates sobre as ações do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e sobre diversidade e segurança bancária.
Ao final do encontro, Valeska Pincovai e Maria Izabel Menezes foram escolhidas como as novas coordenadoras da COE Itaú. Valeska lembrou que há um grande desafio pela frente com as mudanças que estamos enfrentando com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial e a disputa dos bancos e fintechs no mercado financeiro. “O fechamento de postos de trabalho e a mudança de modelo bancário afeta os trabalhadores bancários que estão sendo pressionados o tempo todo em meio a esse furacão. Estamos vivendo uma era de impacto profundo e isso afeta a saúde mental dos bancários. Eu espero que consigamos passar por estas mudanças de uma maneira humana, apesar da IA, na construção de saídas conjuntas por um melhor ambiente de trabalho, com respeito e preservação de direitos, criação de alternativas para conter os desligamentos e gerar novos postos de trabalho, tudo isso articulando com os sindicatos e trabalhadores bancários de todo país.”
Isabel apontou como o grande compromisso de assumir a coordenação é manter o diálogo com o banco. “Estamos enfrentando momentos difíceis, com fechamento de agências e demissões”. Porém, ela garante que também vai buscar avanços. “Queremos, com muita luta e negociação, conquistar novos direitos, até porque a COE do Itaú tem uma tradição vanguardista, com conquistas como o GT de saúde. Este é o grande desafio para esta nova coordenação”.
Fonte: Contraf-CUT