Movimento sindical quer acompanhar de perto processo de realocação dos trabalhadores envolvido nos fechamentos das agências
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniu, na quinta-feira (16), com a direção do Itaú, no Centro Empresarial (Ceic), em São Paulo, para cobrar o fim das demissões, dos fechamentos das agências e mais contratações.
Depois do movimento sindical apresentar uma série de denúncias recebidas pelos sindicatos de todo o Brasil de que os bancários afetados nos fechamentos das agências não têm chance de nova oportunidade dentro do banco, o Itaú revelou os números do ano passado. Foram 239 agências fechadas, com 1971 trabalhadores envolvidos. Deste cenário, apenas 74% foram realocados, 8% pediram demissão ou aderiram ao PDV e 18% foram demitidos. Em 2023, já são 106 agências, com 1330 trabalhadores envolvidos.
Os dirigentes sindicais presentes questionaram os números e o processo de realocação, e solicitaram do banco a informação sobre para onde foram estes funcionários. O banco se comprometeu a fazer um levantamento e apresentar, na próxima reunião, os locais de realocação, para que o processo possa ser acompanhado.
“Nós queremos mais contratações, principalmente, no varejo, pois quem ficou no banco está sempre sobrecarregado. Queremos também o fim do assédio moral, que aumentou muito com este cenário de insegurança gerado pelos fechamentos e demissões”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
No encontro, foi debatida ainda a questão do adoecimento causado nos bancários quando tomam conhecimento sobre a desativação de algum local de trabalho.
O banco solicitou à Contraf-CUT uma agenda para nos apresentar seu programa de diversidade e também debater sobre saúde e condições de trabalho.
Fonte: Contraf-CUT