Aumento de casos da doença entre os trabalhadores sobrecarrega aqueles que permanecem trabalhando
O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu com a direção do banco no último dia 12 e entregou ofício sobre protocolos e medidas para reduzir a alta contaminação por covid-19. O diretor do Sindicato, Clóvis Augusto, participou do encontro. Ele destaca que os bancários devem denunciar quaisquer irregularidades na prevenção e combate à doença nos locais de trabalho, para que a entidade possa acompanhar e intervir caso necessário.
O GT reivindica como medidas preventivas o fornecimento de máscaras N95, compatíveis com o alto índice de contágio; limitação do número de clientes dentro das agências; fim do fechamento definitivo das agências e testagem de todos os trabalhadores da agência, bancários e terceirizados.
Cobra, ainda, o cumprimento do protocolo de afastamento; fechamento de agências e sanitização adequada em casos de contaminação de bancários e terceirizados; ampliação da equipe de teleconsulta; não direcionamento de trabalhadores de agências contaminadas para outras agências; adequação do protocolo ao cenário atual (que contabiliza uma explosão de afastamentos); afastamento de trabalhadores contaminados pelo surto de gripe e reavaliação do horário bancário, que voltou ao normal no início deste mês.
As medidas são necessárias porque a sobrecarga de trabalho dos bancários que sofrem com a redução de quadro e fechamento de agências já provoca adoecimento. Com o fechamento das agências por contaminação, as que ficam abertas atendem enorme número absurdo de clientes, o que diminui o distanciamento e aumenta os riscos de contágio.
Outra reivindicação apresentada foi de que o Itaú não implemente o novo prazo de afastamento estabelecido pelo Ministério da Saúde. Isso porque existem estudos que contrariam a medida, pois leva ao retorno precoce do funcionário (ainda vetor da doença) ao ambiente de trabalho. Os representantes dos bancários lembram que diante da explosão nos casos de covid e influenza entre os bancários é responsabilidade do banco o cumprimento dos devidos protocolos.
Já o banco informou que medidas estão sendo revistas e firmou o compromisso de responder à demanda. Comunicou ainda que revisou o programa de retorno ao trabalho e que os que estiveram afastados por mais de 180 dias serão diretamente encaminhados ao programa. Trabalhadores com período inferior de afastamento poderão ser encaminhados, pela medicina ocupacional, ao exame de retorno. Atendeu, também, a uma antiga reivindicação dos trabalhadores de que os atestados médicos poderão ser cadastrados diretamente no IU Conecta, sem passar pelos gestores.
Fonte: Contraf-CUT, com edição