Campanha “Queremos Saúde, Caixa” repete em março o sucesso que teve em fevereiro e impulsiona participação em abaixo-assinado criado por empregada que milita em defesa do plano de saúde
Empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, organizados por seus sindicatos, realizaram, na semana de 17 a 23 de janeiro, atividades em agências e departamentos administrativos do banco, nas redes sociais e distribuíram mensagens via aplicativos de mensagens para ampliar o apoio ao abaixo-assinado “Saúde Caixa - 300 Mil Vidas Pedem Atenção”, criado pela empregada aposentada, que milita em defesa do Saúde Caixa, Bete Moreira. Os atos são parte da campanha “Queremos Saúde, Caixa”.
>>>>> Saiba mais sobre a Bete Moreira
“A Bete é uma empregada aposentada, que não é vinculada a entidades sindicais. Ela milita voluntariamente em defesa do plano de saúde do pessoal da Caixa. Nosso apoio ao abaixo-assinado é o apoio à esta luta, que não é só dela, é de todos nós, empregadas e empregados da Caixa”, explicou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Todos nós queremos que a Caixa melhore a qualidade da rede credenciada e questões operacionais do plano, para melhorar o atendimento aos usuários e prestadores de serviços que atendem pelo Saúde Caixa.
“Também queremos que o banco altere seu estatuto, para que possa cumprir com o que define nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre o custeio do Saúde Caixa”, completou a empregada da Caixa e secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil.
“Nossa ideia é unir todas as entidades, de representação e associativas, das empregadas e empregados em torno das iniciativas que reivindicam a melhoria do atendimento do Saúde Caixa e o fim do teto de custeio da Caixa com a saúde de seu quadro de pessoal. Precisamos estar unidos, somar forças, para atingirmos nosso objetivo”, completou Eliana, ao lembrar que o ACT do Saúde Caixa prevê que o banco arque com 70% dos custos do plano. Entretanto hoje, devido ao teto de custeio, os empregados pagam quase 50% dos custos.
“O Saúde Caixa é uma das maiores conquistas dos trabalhadores do banco, um plano de saúde que tem diversas coberturas que os planos do mercado não têm, muitas delas, inclusive, acima da exigências da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)”, disse a dirigente da Contraf-CUT.
A campanha
A campanha “Queremos Saúde, Caixa” começou a ser realizada em fevereiro, quando os empregados foram incentivados a direcionar diretamente à Central Saúde Caixa a reclamações que normalmente são feitas aos sindicatos.
Em fevereiro, a intenção foi a de deixar claro, para os responsáveis pela administração do Saúde Caixa, que as reclamações que as entidades sindicais repassam ao banco vêm das agências e departamentos da Caixa.
>>>>> Campanha "Queremos Saúde, Caixa" é um sucesso entre os empregados
Pra melhorar
Para Eliana, a defesa do Saúde Caixa passa pela melhoria da rede credenciada do plano, principalmente em cidades mais afastadas dos grandes centros financeiros do país e em bairros das periferias das grandes cidades. Passa também pela contenção dos aumentos das mensalidades do plano de saúde.
“Esta campanha está sendo realizada porque defendemos o Saúde Caixa e não queremos que ele seja precarizado e se torne um plano como outro qualquer do mercado”, completou a secretária de Formação da Contraf-CUT.
“Em decorrência de nossa pressão, o banco vai reativar os comitês de credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa, vinculados às Gipes e às Repes (gerências e representações regionais de pessoas). Esperamos que a implementação destes comitês não demore muito e ajude a resolver os problemas do plano, mas já adiantemos que manteremos a campanha até que haja a melhoria do atendimento e a revisão do teto de custeio”, completou.
A CEE ainda vai se reunir para definir as atividades da campanha “Queremos Saúde, Caixa” de abril, mas adianta que as ações do próximo mês devem girar em torno da implementação dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamento. “Já transcorreu algum tempo da instalação das Gipes e das Repes. Precisamos agilizar a implementação dos comitês regionais para que eles contribuam com a solução de problemas em cada localidade, seja com a indicação de clínicas, hospitais e profissionais de saúde, seja com a resolução de questões operacionais de reembolso, ou pagamento aos prestadores de serviço”, disse Rafael.
Fonte: Contraf-CUT