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Caixa não pode ser usada como moeda de troca

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Para agradar o Centrão, gestão de Carlos Vieira interrompe processo de remodelação do banco iniciado por Rita Serrano, que incluía a valorização das mulheres na alta administração

Moedadetroca2501A substituição da presidenta da Caixa, Rita Serrano, por Carlos Vieira, em outubro de 2023, foi veementemente questionada pelo Sindicato e demais entidades representativas dos bancários. Primeiro porque o banco foi usado como moeda de troca para agradar o Centrão, o grupo político de diferentes partidos que atua para ter mais influência no parlamento e defender seus próprios interesses, o que é inadmissível. E depois, porque houve a troca de uma mulher por um homem no comando do banco, um retrocesso na busca da igualdade defendida pelo Sindicato e os movimentos sindical e associativo.

Rita Serrano, que também foi presidenta do nosso Sindicato, levou para a presidência da Caixa o olhar dos empregados e empregadas (ela atuou também como representante deles no Conselho de Administração), as premissas de igualdade de oportunidades e o respeito à manutenção e valorização do banco público essencial para o desenvolvimento do País. Seu período à frente da empresa trouxe resultados positivos em várias frentes, do crescimento tecnológico à diversidade e, claro, no desempenho da instituição. A Caixa registrou lucro líquido recorrente de R$ 7.757 milhões no balanço de setembro de 2023, um crescimento de 8,2% sobre o mesmo período de 2022. Além disso, sob seu comando o banco teve maioria de mulheres na alta administração. - das 12 vice-presidências, seis eram ocupadas por mulheres, além dela na presidência.

“Lamentavelmente, todo esse avanço vem sendo desmantelado. A Caixa continua sendo usada como moeda de troca para agradar o Centrão”, afirma o presidente do Sindicato, Gheorge Vitti. O exemplo mais recente ocorreu ontem (24), quando o banco substituiu três mulheres por homens no alto escalão do banco. Com as mudanças realizadas, as mulheres passam a ocupar somente duas pastas, uma drástica redução que interrompe um processo de reconstrução do banco que incluía o empoderamento das bancárias, iniciado pela gestão Rita Serrano. “Nossa categoria tem como bandeiras a igualdade, a discussão da diversidade no trabalho, a luta pelas oportunidades iguais na carreira e na vida. Não podemos aceitar retrocessos, e é justamente isso que essas trocas na Caixa representam”, acrescenta Gheorge.

Ele destaca que o movimento sindical vai acompanhar os desdobramentos e se manter vigilante contra os retrocessos, além de continuar a reivindicar melhores condições de trabalho aos empregados, garantia de atendimento à população e a manutenção do banco público. Para Rita Serrano, que ontem (24) visitou nosso Sindicato (visita Rita Serrano), “a vigilância do movimento sindical é importante para que não haja perdas para os empregados e para que a Caixa amplie seu papel na sociedade, cumprindo a missão dada pelo governo federal, investir no desenvolvimento do País, com respeito a diversidade e inclusão social”.

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