A Caixa é um banco público com papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Ela é agente operadora de contas dos trabalhadores, gerencia loterias, está à frente de diversos programas sociais e presente em centenas de municípios brasileiros. Por ela passa muito dinheiro, mas seu peso não é apenas financeiro: é também político, o que a faz ser tão cobiçada.
Nesse momento, o Centrão disputa a presidência da Caixa, hoje ocupada pela nossa ex-presidenta no Sindicato, Rita Serrano. O Centrão, como se sabe, é formado por deputados de vários partidos, unidos para defender seus interesses (PP, Republicanos, Solidariedade, PTB e outros como DEM, PROS, Patriota etc, dependendo do tema em questão). Um de seus líderes, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP), quer na direção da Caixa a ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), que fez campanha para a reeleição de Bolsonaro.
Embora a Caixa seja um banco que passa por auditorias constantes, um grande escândalo foi revelado em 2017: Geddel Vieira Lima (PMDB), que havia sido vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco no governo Dilma e era ministro de Governo de Temer, foi pego com nada menos que 51.030.866,40 de reais e 2,688 milhões de dólares em dinheiro vivo, guardados num apartamento de sua propriedade. Ele foi acusado de receber 20 milhões de reais em propina para empréstimos da Caixa ou de liberar créditos do FI-FGTS em conluio com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o doleiro Lúcio Funaro e com o ex-dirigente do banco Fábio Cleto.
“O comando da Caixa não pode ser usado como moeda de troca. O banco é importante demais para o País e precisa continuar sendo comandado por quem defende seu papel público, com responsabilidade, lisura, credibilidade, como é o caso da Rita Serrano”, aponta o presidente do Sindicato, Gheorge Vitti. “Nós conhecemos a Rita há muitos anos e sabemos que sempre esteve na defesa do banco e de seus trabalhadores”, completa o diretor sindical Hugo Saraiva.