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Rita Serrano toma posse na Caixa e afirma que “gestão pelo medo” acabou

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Para o presidente Lula, banco público será fundamental para se construir nova narrativa no País, com ênfase no desenvolvimento

rita posse caixa2Rita Serrano tomou posse na presidência da Caixa ontem, 12, dia em que o banco completou 162 anos. Em seu discurso, a ex-presidenta do nosso Sindicato e representante dos empregados no CA do banco destacou que “a gestão pelo medo na Caixa acabou”, acrescentando que os empregados vão ajudar a construir um novo Brasil.

Já o presidente Lula afirmou que escolheu Rita para o cargo por sua história e referência, e espera que ela dedique à presidência da Caixa como se dedicou como empregada e militante política em defesa da empresa. “O Brasil cansou de tristeza, cansou de muito ódio, de muitas raivas e ofensas, temos o direito de voltar a sorrir, voltar a ser mais feliz, viver de forma mais fraterna e democrática. A Caixa tem um papel extraordinário ao atender ao País, pude ver no Minha Casa Minha Vida”, avaliou.

O presidente do nosso Sindicato, Gheorge Vitti, e os diretores Inez Galardinovic, Hugo Saraiva e Genilson Araújo participaram dos eventos de celebração do aniversário do banco e posse da nova presidenta em Brasília. Confira, no link, algumas imagens e vídeos do dia.

Fotos do Ato "Caixa 162 Anos" em Brasília

Fotos da Posse de Rita Serrano

 

Confira discurso de posse completo: 

Caros colegas,

Imaginem a honra e a felicidade que sinto neste momento histórico, depois de 33 anos de carreira, defendendo ardorosamente essa instituição, ser convidada a presidi-la.

De família humilde, trabalhadora, mulher, ativista social e sindical, representante eleita pelos empregados, essa façanha só é possível em um governo ousado, comprometido com a democracia, igualdade e justiça social.

Agradeço profundamente a vocês, as entidades e ao presidente Lula pela confiança e apoio.  Sei que minha missão não será fácil, mas o desafio de modernizar o banco para ampliar sua atuação no sistema financeiro e na melhoria de vida da população é auspicioso.

Hoje a Caixa faz 162 anos,  uma das poucas empresas centenárias do Brasil. Falar de sua constituição é descrever um processo inovador e ousado.

O banco nasceu mexendo com o sonho dos brasileiros; o sonho de ser livre, com a poupança para a compra da alforria pelos escravizados; o desejo de um futuro melhor para os filhos, com a poupança aberta pelos pais; a esperança de enriquecimento rápido, com as loterias; a vontade de ter uma conta bancária, com a conta Caixa Fácil; o sonho da casa própria, com o Programa Minha Casa Minha Vida. Enfim, o sonho da melhoria de vida, da ascensão social, de um futuro melhor.

A instituição sobreviveu aos governos liberais da década de 1990 - que privatizaram praticamente todos os bancos estaduais e outras empresas públicas -, e se consolidou como a maior gerenciadora de programas sociais do país, a partir do governo Lula em 2003.

Em 2020, quando tramitavam processos para privatizar as principais operações comerciais da Caixa, surgiu a pandemia pela COVID 19, e mais uma vez a instituição foi desafiada.

 

Foram anos difíceis. Batalhamos para que a Caixa se mantivesse pública, frente as ameaças de privatização; enfrentamos o completo desmantelamento da estrutura do banco, a falta de empregados, pressão de toda ordem, desrespeito aos processos seletivos, aumento do assédio moral e sexual.

Vivemos a pior crise reputacional da Caixa, com as denúncias de assédio sexual contra seu principal dirigente.

E mesmo assim, com todas essas pressões, estivemos na linha de frente do atendimento a milhões de brasileiros desamparados pela crise econômica, social e sanitária que abateu o país.

Perdemos na pandemia mais de 100 colegas e prestadores de serviço. Nosso respeito as famílias e amigos.

Mas todo esse processo provou que carregamos na veia o DNA da missão pública, nosso compromisso com o país.

Agora é a hora de construirmos juntos uma nova CAIXA para um novo Brasil.

 

 E uma nova CAIXA passa pelos pilares da sustentabilidade; do mundo digital; no resultado baseado na rentabilidade do negócio em equilíbrio com as ações de inclusão; na retomada dos valores ligados a vocação social da Caixa; na promoção da cultura; na humanização das relações de trabalho; no respeito a diversidade, na equidade.

Vamos reorganizar o banco para que ele cumpra, com excelência, o gerenciamento dos programas de transferência de renda do governo federal e do Minha Casa Minha Vida; ampliar a parceria com Estados e municípios para o desenvolvimento de projetos de infraestrutura e, sobretudo, melhorar o atendimento à população.

Conheço de perto a situação da piora das condições de trabalho, são muitas demandas a resolver.

Mas vocês sabem tão bem quanto eu, que muitas medidas dependem de orçamento e autorização legal.

A garantia que posso dar neste momento é a da transparência, o respeito as entidades de representação e a negociação.

Tomarei todas as medidas que estiverem ao meu alcance para combater o assédio e a gestão pelo medo.

O ambiente de trabalho precisa ser agradável, com respeito e diálogo.

Conto com todos vocês para virar a página dessa história. Vamos voltar a ter orgulho de trabalhar na Caixa.

Seguimos todos juntos rumo ao futuro!

Muito obrigada!

Primeiras Medidas

- estudo para retornar a VP de Pessoas

- democratização do jornal da Caixa – volta dos comentários

- retorno das atividades culturais

- inauguração de novas agências

-Nova eleição para o CA.

- Vamos estudar um canal de comunicação efetivo entre o presidente e empregados.

 

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