Área restrita

Caixa irá apresentar proposta de modelo de promoção por mérito na próxima segunda-feira (22)

Caixa
Tipografia

Empregados pedem retirada da GDP dos critérios para que trabalhadores recebam deltas 

1811CaixaA primeira reunião do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito, formada por representantes da Caixa e dos empregados, aconteceu na manhã desta quinta-feira (18). O GT discute os critérios de avaliação para que os empregados recebem o delta referente a 2021.

No início do encontro, o coordenador da representação dos empregados no GT, João Paulo Pierozan, reforçou que os trabalhadores reivindicam o início das discussões desde abril, quando o resultado da sistemática anterior foi divulgado. “É complicado definir somente agora critérios que possam ser cumpridos em tempo hábil. É razoável que a Caixa garanta um delta para todos os empregados elegíveis na sistemática, assim como foi feito no ano-base 2020”, explicou.

A Caixa defende que o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) seja o único critério para garantir a aplicação de deltas. “Ressaltamos, em reunião, que somos contrários à GDP e, portanto, fica inviável utilizá-la como único critério. Temos muitas críticas ao programa, como, por exemplo, no que diz respeito à curva forçada”, comentou o dirigente da Apcef/SP André Dias Cambraia Sardão.

Os representantes dos empregados pediram dados detalhados com relação às áreas e funções que receberam o segundo delta, para avaliar o impacto dos critérios sobre eles, e a Caixa ficou de apresentar na próxima reunião, marcada para segunda-feira (22), à tarde, quando também deve ser apresentada a proposta do banco para a concessão de deltas.

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram, ainda, que a falta não justificada lançada em função da paralisação do dia 27 de abril não seja considerada nos critérios para obtenção do delta.

A Caixa informou, ainda, que 5,57% empregados não receberam delta em 2021. Deste total, cerca de 80% estavam na última referência do Plano de Cargos e Salários (PCS) ou não completou 180 dias de efetivo exercício.

GDP – Durante a reunião, os representantes da Caixa comentaram sobre o possível fim da curva da GDP. Acreditam que a medida possa ser temporária, servindo como uma medida educativa. Esse formato serve apenas para acirrar a disputa entre os trabalhadores, que, por isso, repudiam este formato da GDP, e defendem que seja excluída dentre os critérios para a promoção por mérito.

Histórico – Forma de progressão no Plano de Cargos e Salários (PCS), junto com a promoção por antiguidade – que é devida ao empregado a cada dois anos -, a promoção por merecimento deixou de ser aplicada em 1996. Após 1998, a situação agravou-se, pois os empregados admitidos a partir desta data foram enquadrados em um novo PCS, que, na carreira administrativa, possuía apenas 15 referências.

Assim, a última referência do PCS, que seria alcançada pelo empregado somente após 30 anos de trabalho, considerando as promoções por antiguidade a cada dois anos e a ausência da promoção por merecimento, era apenas R$ 850 maior que a referência de ingresso na Caixa.

Em 2008, os empregados conquistaram a unificação dos PCS de quem foi admitido antes e depois de 1998, ampliando o teto e restabelecendo as promoções por merecimento.

O novo PCS, atualmente em vigência, conta com 48 referências, sendo a inicial (201) R$ 3.000 e a última (248) R$ 8.763, diferença de R$ 5.763 entre a referência final e a inicial. Considerando a concessão de um Delta merecimento a cada ano e o Delta por antiguidade a cada dois anos, o empregado pode alcançar o topo do novo PCS após 32 anos trabalhados na Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

BLOG COMMENTS POWERED BY DISQUS