A Caixa, assim como os outros bancos, está voltando com o atendimento presencial em suas agências com seus empregados deixando o trabalho home office.
Essa situação está constatando o quanto falta empregados no banco. A Pandemia ainda não acabou, mas já trouxe muitas informações importantes.
É sabido que após consecutivos PDVs, principalmente nos governos Temer e agora no governo Bolsonaro, sem a respectiva contra partida de contratações, a quantidade de funcionários diminuiu muito na Caixa. “Nós já fomos 104 mil trabalhadores concursados trabalhando, e hoje somos pouco mais de 82 mil e isso está causando precarização, tanto no atendimento à população, quanto na qualidade de vida dos nossos colegas”, explica Jorge Furlan, diretor do Sindicato e representante da FETEC-SP na mesa de negociações com a Caixa. “Basta observar que o pagamento dos programas sociais aumentou durante esse último período, com o evento do pagamento do auxílio emergencial que levou milhões de brasileiros para dentro das agências da caixa”, complementa.
Somando-se a tudo isso o aumento das cobranças por resultados, com metas cada vez menos tangíveis, avaliações com a famosa curva forçada no GDP (modelo de gestão antigo já abandonado pelas grandes corporações há muito tempo). Chegamos em um momento durante a pandemia em que, criou-se a falsa verdade de que os trabalhadores em Home Office seriam os "culpados" pelas péssimas condições de trabalho.
Agora que o Home Office findou e praticamente todos os colegas da rede já retornaram, pudemos constatar que a sobrecarga de trabalho assim como a impotência para se atingir os resultados desejados pela administração da empresa são frutos de opções totalmente equivocadas da direção do banco, e não, causada pelos colegas que estavam em Home Office.
Somemos ainda a tudo isso, o uso da Caixa para se fazer propaganda personalista por parte do atual presidente da empresa. Como quando ele afirma com grande cobertura midiática, que o banco contratará 10 mil novos trabalhadores, entre concursados e prestadores de serviço terceirizados, sendo que na realidade, até o momento nem metade das contratações de concursados não chegou nem na metade do número informado.
“Nossa cobrança por mais contratações e mais respeito aos trabalhadores da Caixa continuam firmes e cada vez mais necessária, e não nos esqueçamos que no ano que vem teremos novamente a oportunidade de escolher, além do presidente da república, o nosso patrão, já que somos funcionários de uma estatal e os rumos administrativos desta, são determinados pelo governo federal”, finaliza Furlan.