Movimento sindical denuncia distanciamento do banco público de seu papel social
Uma manifestação no Centro Velho de São Paulo, nas proximidades da Bolsa de Valores, com a presença do diretor sindical Hugo Saraiva, acontece nesta manhã para protestar contra o IPO da Caixa Seguridade. A instituição também pretende abrir o capital da Caixa Cartões, da Caixa Asset e do chamado banco digital, numa privatização por segmento do banco público.
Saraiva destacou que, na atual gestão, a direção do banco se distancia dos mais pobres e da classe média (veja vídeo) e, assim, também de seu papel de fomentar o desenvolvimento do Brasil, que a Caixa cumpre há mais de um século. O movimento sindical vem se mobilizando em defesa da Caixa 100% pública e da garantia dos direitos de seus empregados.
Na terça, a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) protocolou na Justiça Federal de Brasília uma Ação Popular contra o IPO da Caixa Seguridade. Nela foram abordados temas como o conflito de interesse na atuação da Caixa como intermediadora na venda das ações e a violação das normas da Comissão de Valores Mobiliários que regulamentam a oferta pública de ações. Também foram protocoladas denúncias na CVM sobre o processo da oferta de ações da subsidiária.
Segundo as denúncias, feitas pelo vice-presidente da CUT e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região (Seeb/SP), Luiz Cláudio Marcolino, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, violou duas instruções da Comissão (400 e 539) ao oferecer as ações do braço de seguros da Caixa sem analisar o perfil do cliente. A outra é sobre a cobrança abusiva de metas para que os empregados vendam as ações, sem qualquer preparação adequada para isso.