Às 11h tem tuitaço com a hashtag #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil
Os empregados da Caixa realizam nesta quinta (23) Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Haverá tuitaço às 11h, com a hashtag #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil. Além do Twitter, a hashtag deve ser utilizada no Facebook, Instagram e demais redes sociais.
“A ideia é dar força a ação digital Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil, que tem o objetivo de pressionar a direção do banco e o governo Bolsonaro a respeitar a Caixa e os direitos dos empregados, bem como alertar a sociedade sobre a importância do banco público e os desrespeitos que os seus trabalhadores vêm enfrentando mais acentuadamente desde o golpe de 2016”, explica Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa).
Os empregados se organizam para se defender das claras intenções privatistas da atual gestão. Em entrevista no mês passado, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de privatização e confirmou a venda de setores estratégicos da Caixa. “Nós podemos e iremos abrir o capital. Temos ainda algumas decisões internas para serem tomadas, mas o caminho está muito claro: abertura de capital das operações de seguros, de cartões, de asset e uma discussão de loterias que passa por uma outra discussão legal”, disse.
“Todas as áreas mencionadas pelo Pedro, também conhecido pelos empregados como ‘O Lobo’, são fundamentais para o banco público. A entrega destes setores é claramente uma tentativa de fatiar a Caixa de olho em uma futura privatização”, critica Dionísio, referindo-se às área de seguros, de cartões, asset management e loteria, todas extremamente rentáveis .
A ação de hoje ganha ainda mais importância porque o banco deixou a cargo das chefias das áreas o retorno presencial ao trabalho. “Em meio à pandemia, a direção do banco está agindo da mesma forma, mas neste caso a responsabilização será civil e criminal, pois o retorno presencial ao trabalho representa uma ameaça às vidas das pessoas, e tudo indica que, mais uma vez, a direção da Caixa irá lavar as mãos caso ocorra alguma fatalidade”, alerta o coordenador da CEE/ Caixa.
No dia a dia a direção da Caixa faz uma cobrança abusiva de metas, o que muitas vezes obriga os empregados a agir contra os normativos ambíguos do banco e, caso isso resulte em algum problema, os trabalhadores acabam sendo culpados.
Vice-presidente de Pessoas mente e tenta desmobilizar
Em uma live realizada na quarta-feira passada (16), a vice-presidente de Pessoas, Girlana Granja Peixoto, tentou desmobilizar a organização dos empregados da Caixa às vésperas da Campanha Nacional 2020, em que os trabalhadores irão lutar pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho.
“A fala da vice-presidente de Pessoas tenta desmobilizar os empregados e ataca o movimento sindical em um momento em que mobilizamos milhares de empregados nos congressos estaduais e regionais e saímos do 36º Conecef com unidade nas nossas bandeiras de luta na defesa do nosso Acordo Coletivo de Trabalho”, enfatiza o dirigente.
No 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) os trabalhadores alcançaram a unidade nas reivindicações: fim do teto de 6,5% do Saúde Caixa; defesa do modelo atual de custeio do Saúde Caixa; contra qualquer mudança no estatuto democrático e das regras de eleição da Funcef; defesa da vida e das condições de trabalho dos empregados; contra as metas abusivas; contra o desrespeito à vida praticado pela direção da caixa; em defesa da Caixa 100% Pública; em defesa da democracia; e fora, Bolsonaro.
“Girlana mentiu que a implementação do teto de custeio do Saúde Caixa foi feito com anuência do movimento sindical. A direção da Caixa implantou essa mudança de forma unilateral no estatuto, com protesto da nossa representante no Conselho de Administração, e a negociação em 2018 conseguiu protelar para 2021 a implementação que já estava prevista para aquele mesmo ano”, afirma Dionísio.
“A unidade dos empregados é contra este teto e contra qualquer implementação da CGPAR 23, que resultará na aniquilação do nosso plano de saúde, além da destruição dos nossos demais direitos e do caráter 100% púbico da Caixa – este por meio da venda do banco aos poucos, e em pedaços. Movimentos que a direção atual do banco, junto com o governo Bolsonaro, pretendem. Por isso a Girlana atacou o movimento sindical e a mobilização dos empregados: para tentar desmobilizar e impedir nossa luta”, aponta Dionísio.
Fonte: Contraf-CUT