Atestado médico explicitou suspeita da doença em empregado mas não inseriu CID; após negociação do Sindicato, banco adotou protocolo correto
A Gestão de Pessoas da Caixa (Gipes/SP) ordenou nesta quinta, 2, o fechamento da agência da rua Senador Fláquer, em Santo André, e colocou os funcionários em home office por cinco dias. O fato ocorreu após o Sindicato tomar conhecimento de três casos relacionados à pandemia (um empregado com suspeita de coronavírus atestada por médico e duas vigilantes com sintomas da doença) e intervir.
Com isso, segundo o diretor sindical Jorge Furlan, a Gipes acionou pela primeira vez o “protocolo 1” mesmo sem constar o CID (Cadastro Internacional de Doenças) no atestado médico. “Foi uma vitória do bom senso e da persistência do movimento sindical”, avalia o diretor. A agência deverá ser higienizada e, após o período de cinco dias, se houver algum novo caso, o prazo será ampliado para 14 dias.
Burocracia x saúde dos empregados – O Sindicato começou a negociar o fechamento da agência na quarta, 1. Como o atestado do empregado não trazia a informação do CID relativo ao covid-19, apenas deixava explícita a suspeita sobre a doença, o banco relutou em aplicar o chamado protocolo 1. “O banco estava se valendo dessa ausência no documento médico para não tomar essas providências; ou seja, estava priorizando a burocracia à saúde dos empregados”, afirma o diretor sindical Hugo Saraiva.
O Sindicato visita diariamente as agências da região para verificar o cumprimento das medidas protetivas acordadas com a Fenaban e os bancos. Qualquer irregularidade ou ocorrência deve ser denunciada à entidade, pelo site ou diretamente ao diretor sindical.