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Reestruturação quer extinguir SR ABC

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Mudanças no varejo afetam empregados e deverão impactar no relacionamento com clientes e Poder Público

caixaA reestruturação em curso na Caixa reduzirá o número de Superintendências (Sure) de oito para seis, que passarão a se chamar Superintendências Nacionais de Varejo. As superintendências regionais também vão diminuir das atuais 84 para 54. Em São Paulo o corte será de 18 para nove. A unidade que opera no Grande ABC poderá ser extinta.

Com isso também serão eliminadas funções e haverá alteração na estrutura do banco, afetando o atendimento, relacionamento com prefeituras e demais clientes e encolhendo o papel social da instituição pública. Atualmente a Caixa conta com pouco mais de 1.000 empregados (1.019, segundo dados do último setembro) na região e perto de 60 agências distribuídas nas sete cidades que formam o ABC.

“Estamos apreensivos pelo impacto na vida dos empregados e clientes e também pelo relacionamento com o Poder Público, já que a Caixa é o grande parceiro das prefeituras em variados programas de desenvolvimento”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. Ele avalia que essa mudança no varejo do banco tem como pano de fundo o projeto privatista do governo, e afirma que o movimento sindical bancário já reivindica a abertura de negociação para discutir tais impactos.

IMPACTO NA REGIÃO

Para tratar do fim da SR local (que conta atualmente com cerca de 50 empregados) o Sindicato solicitou reunião no Consórcio Intermunicipal do ABC, já que as consequências atingirão as sete cidades. São muitos os contratos firmados entre a Caixa e as prefeituras da região relacionados a obras de infraestrutura - saneamento, contenção de encostas, integração de comunidades - e habitação, envolvendo diversas áreas. Só no ano passado, por exemplo, Santo André firmou contrato com o banco público no valor de R$ 60 milhões via Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) para utilização em obras de infraestrutura por toda a cidade, contemplando intervenções na saúde, esporte, cultura, meio ambiente e recapeamento asfáltico, por meio do programa Rua Nova. Ainda no município andreense, dos R$ 2,6 bilhões relativos a operações de crédito imobiliário ativas em julho de 2019, R$ 2,3 bilhões (90%) pertenciam à Caixa.

 

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