Pelo menos três bancários tiveram que ser socorridos; entidade alertou SR, que nada fez
O Sindicato fechou ontem (19) à tarde uma agência da Caixa no bairro Jardim, em Santo André, por absoluta falta de condições de trabalho. O aparelho de ar condicionado do local, danificado há um ano e que funcionava precariamente, soltou um gás que causou problemas de saúde em vários empregados. Um deles foi para o hospital logo no início da tarde, mais dois passaram mal e no final do dia a recomendação médica foi de que todos fossem avaliados pelo risco de inflamação nas vias respiratórias.
“O que aconteceu é um absurdo e demonstra o total descaso da superintendência com a saúde dos trabalhadores”, afirma o diretor sindical Jorge Furlan que, ao lado do também diretor sindical Hugo Saraiva, acompanha o desenrolar do caso desde ontem. Ele relata que o Sindicato contatou a SR ontem, quando uma pessoa já havia ido para o hospital por conta do problema, e a resposta foi que tudo estava sob controle, que estavam acompanhando a situação inclusive por vídeo e conversando com a gerência geral.
Depois disso o Sindicato fechou a agência, esperando as pessoas serem atendidas e a saída dos funcionários, mas nesse meio tempo mais dois bancários passaram mal. “Ou seja, o Sindicato rapidamente comunicou a SR do problema de saúde que estava ocorrendo e a SR não tomou providências, foi omissa e irresponsável”, acusa Furlan. A conversa foi mantida com a gerente de canais Érica Quiaratto.
A agência permanece fechada nesta sexta-feira, 20, já que nenhuma providência foi tomada. Além do pessoal terceirizado nove bancários trabalham no local, e desses três tiveram que se afastar por conta da inalação do gás. “Não é uma questão de sensibilidade de cada um ou se o gás é tóxico ou não. O fato é que ele não deveria ter vazado e, ao vazar, prejudicou a saúde de várias pessoas. Essa é uma condição de trabalho inaceitável. E inaceitável também é a postura da superintendência, que sabia o que estava ocorrendo e nada fez até agora”, destaca Hugo. Os diretores permanecem no local para acompanhar os desdobramentos, reivindicando solução imediata.