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Representantes dos trabalhadores cobram fim do caixa-minuto

Caixa
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Grupo de trabalho paritário para debater a extinção da função de caixa no banco público foi instalado na última sexta-feira
Na primeira reunião do GT Caixa Minuto, realizada na sexta, 25, o movimento sindical mais uma vez reforçou a cobrança de suspensão da designação por minuto da função de caixa. A resposta da Caixa foi negar essa possibilidade e dizer que o “foco é o negócio” e é importante que os trabalhadores estejam livres para sair do guichê e “fazer negócio”.  Desde que a versão 033 da RH 184 está vigorando, a designação da função de caixa e caixa PV tem se dado exclusivamente por minuto, o que significa na prática a extinção da função. Além de acumular as atribuições normais a outros bancos, o trabalho deste profissional na empresa é altamente especializado, pois realizam analise de mérito no pagamento do FGTS, fazem os pagamentos sociais, como o bolsa-família, o seguro-desemprego, o pagamento e amortização contábil de financiamento imobiliárioe  o pagamento de precatórios, entre outros. Essa especialização e competência é reconhecida no mercado financeiro e pela sociedade, mas irá se perder no tempo, pois com as aposentadorias e as promoções esses caixas não serão substituídos. A Caixa anda assim na contramão da boa gestão, pois se enfraquece ao não se formar novos profissionais.  A Caixa tinha mais de 13 mil caixas e, com o caixa minuto esse número, até primeiro de outubro já havia se reduzido para 12.800, segundo dados do próprio banco. A Caixa alegou que com as novas tecnologias, a queda da demanda de caixas caiu, a autenticação diminuiu e houve aumento de atendimento pelas loterias e correspondentes bancários e caixas eletrônicos. Os empregados já vêm denunciando a tempos que a empresa tem pressionado para que a população se encaminhe a outros canais de atendimento, precarizando o atendimento e reduzindo a demanda das agências. Piloto rede de operações - Os representantes da Caixa informaram ainda que, após o “laboratório” realizado numa agência da Ceilândia Centro (Distrito Federal) está em execução um projeto piloto de remodelagem das agências em seis unidades da cidade paulista de Jundiaí. Estão experimentando a ideia de gerentes operacionais para caixas, retaguarda, administrativo e tesouraria. Esse piloto vai até janeiro e serpa acompanhado atentamente pelo movimento sindical, que já solicitou ao banco que  apresente os reais motivos para o descomissionamento dos caixas e dados sobre o funcionamento e os reflexos do caixa-minuto nas horas-extras, no descanso semanal remunerado e processo seletivo interno. A expectativa é que os dados sejam apresentados na próxima reunião, no dia 30.   Fonte: Fenae, com edição
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