A Caixa Econômica Federal se manteve intransigente na primeira negociação da pauta específica da Campanha Nacional 2015, realizada nesta quinta-feira (27), em Brasília (DF). A empresa rejeitou a reivindicação das representações dos trabalhadores de suspender o programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), informando que a posição é a de mantê-lo e ampliá-lo.
A negociação específica com a Caixa ocorre concomitantemente com a mesa unificada (Fenaban). Além do fim do GDP, os representantes dos empregados reivindicam que o banco concorde com o artigo 71 da minuta geral da Campanha Nacional 2015, que estabelece que os bancos deverão "garantir a participação de todos os seus trabalhadores na estipulação de metas e respectivos mecanismos de aferição, estabelecendo-se que as mesmas serão obrigatoriamente de caráter coletivo e definidas por departamentos/agências".
Outro ponto reforçado, no tocante à saúde do trabalhador, foi o combate ao assédio moral e sexual. Os representantes dos empregados cobraram da Caixa celeridade na apuração das denúncias. A empresa alegou que tem procurado cumprir o prazo de 45 dias estabelecido na cláusula 56 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015.
Segurança bancária
Na negociação desta quinta-feira, esteve em pauta também o tema segurança bancária. Um representante da Gerência Nacional de Segurança Física (GESFI) apresentou as medidas que a Caixa tem adotado na área, como compra de equipamentos, campanhas de orientação dos empregados, medidas de gerenciamento de crise, entre outras.
Dentre os pontos reivindicados pela CEE/Caixa, estão a instalação de biombos que impeçam a visualização das operações efetuadas nos caixas pelo público, sem impedir a visão dos empregados e adequando a posição dos vigilantes. A Caixa argumentou que foi definido um modelo padrão e que as divisórias já começaram a ser instaladas. A Comissão cobrou informações sobre o quantitativo de unidades já contempladas e a previsão de prazo para conclusão da instalação em todas as agências.
Outra reivindicação diz respeito à garantia de vigilantes em todas as unidades do banco. A CEE/Caixa denunciou casos de prédios que estão sem o serviço, por conta da não renovação de contratos com a prestadora de serviço. Os representantes da empresa confirmaram que a medida foi adotada para reduzir custos e que a recomendação da GESFI é de que os locais afetados adotem outras medidas como colocação de recepcionistas ou porteiros, além do controle do acesso.
A próxima reunião da negociação específica da Campanha Nacional 2015 com a Caixa está agendada para o dia 4 de setembro, com a continuidade dos debates sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa, Funcef e aposentados.
Prorrogação do ACT
A CEE/Caixa reivindicou a prorrogação do Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2015, que expira na próxima segunda-feira, 31 de agosto, até a conclusão das negociações deste ano. A Caixa se comprometeu a atender à reivindicação.
Fonte: Fenae
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