O Bradesco encerrou setembro com um lucro líquido recorrente acumulado de R$ 14,2 bilhões, representando um crescimento de 5,5% nos primeiros nove meses de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. No trimestre encerrado em setembro, o lucro aumentou 10,8% em relação ao trimestre anterior e 13,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Em relatório, o banco destacou que os principais fatores para esse aumento foram a margem de clientes (ganhos com empréstimos a famílias e empresas) e a redução nas provisões para devedores duvidosos (PDD). Outro fator citado pelo Bradesco foi a melhora na "margem líquida", que mede o percentual do lucro líquido em relação à receita total, após o pagamento de custos e despesas.
Nos últimos 12 meses, o banco reduziu seu quadro de funcionários em 2.084 postos de trabalho, enquanto, no mesmo período, aumentou em 0,7 milhão o número de clientes. "Mesmo com os rumores de venda do banco, o Bradesco alcançou um lucro expressivo. No entanto, continua reduzindo postos de trabalho, impactando os trabalhadores que são responsáveis por esses resultados", afirmou Gheorge Vitti, presidente do sindicato e funcionário do banco.
Além disso, o Bradesco fechou 399 agências e 734 postos de atendimento nos últimos 12 meses, sendo que três agências foram transformadas em unidades de negócios. Somente no terceiro trimestre de 2024, foram encerradas 155 agências, 219 postos de atendimento e 41 unidades de negócios em comparação ao trimestre anterior.
Carteira de crédito
A concessão de crédito expandida do Bradesco cresceu 7,6% em 12 meses, totalizando R$ 943,9 bilhões em setembro de 2024. A carteira de pessoa física, que representa 42% carteira da instituição, cresceu 10%, somando R$ 396,8 bilhões. Desse segmento os destaques foram o crédito pessoal (+16,7%), imobiliário (+11,2%) e rural (49,1%).
O segmento pessoa jurídica, por sua vez, apresentou crescimento de 5,9%. A carteira de grandes empresas se manteve praticamente estável (+0,7%) e a carteira das micro, pequenas e médias empresas crescimento de 16,9%, no período de 12 meses.
Inadimplência
A taxa de inadimplência superior a 90 dias ficou em 4,2% em setembro de 2024, com queda de 1,4 ponto percentual (p.p.) em comparação ao mesmo período de 2023. Esse resultado é um pouco superior à inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,2%).
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