Movimento continua nesta sexta-feira, 9, e ABC tem assembleia na terça (13)
Com total descaso dos bancos e sem uma proposta que contemple reposição da inflação e aumento real, a greve dos bancários ganha dimensão em todo o Brasil. No terceiro dia, na quinta 8, a paralisação nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal contou com 10.369 locais de trabalho fechados durante todo o dia, entre agências e centros administrativos.
Com um aumento de 1.606 agências com atividades paralisadas, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, ressaltou que a greve dos bancários demonstra o grande descontentamento da categoria. “Chegamos praticamente à metade dos locais de trabalho aderidos à greve. Ela é crescente e, a cada dia, alimentada por uma insatisfação que vai se transformando em indignação. Os banqueiros podem reajustar o nosso salário, este é o pensamento dos bancários. Prolongar esta greve não é uma atitude de quem diz respeitar a sociedade brasileira, nem de quem quer valorizar os seus empregados”, ponderou.
Nenhuma sinalização - Até o momento a Fenaban não se dispôs a apresentar nenhuma proposta justa para os trabalhadores. O setor que mais lucra no País ofereceu reajuste de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação, e um abono de R$ 2,5 mil (que nem é este valor mesmo, já que sobre ele incide imposto de renda e INSS, e é pago uma vez só, sem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria).
ABC – No Grande ABC, onde mais da metade dos trabalhadores (3.700) já haviam aderido à greve na quinta, 8, o movimento grevista prossegue nesta sexta, quarto dia da greve nacional da categoria. Uma assembleia de avaliação do movimento será realizada pelos trabalhadores da região na próxima terça-feira (13). O encontro será na sede do Sindicato, à rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, a partir das 17h.
Fonte: Contraf-CUT, com Redação.