O segundo dia da greve nacional dos bancários, na quarta-feira (7), foi marcado pelo crescimento da mobilização em todo o Brasil.
Nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, 8.763 agências e centros administrativos permaneceram fechados durante todo o dia. Um aumento de 2.512 agências, cerca de 40% maior que a paralisação do primeiro dia de greve.
Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a greve dos bancários se consolidou e aumentou, o que mostra que a insatisfação dos trabalhadores também se ampliou. "Os bancários ficaram ainda mais indignados com a divulgação, pela imprensa, da correção de salários e com o tamanho da remuneração dos altos executivos dos bancos", afirmou. "Acreditamos que, com esse crescimento, os banqueiros fiquem convencidos que sua tentativa de redução de salários não vai funcionar. E que nos chamem para negociar com uma proposta que tenha mais responsabilidade social e coerência", completou o presidente da Contraf-CUT.
Segundo ele, a principal divergência da negociação persiste: "Os bancários querem continuar com o modelo de negociação que deu certo nos últimos onze anos, que é a reposição da inflação, mais um ganho real. Os banqueiros querem voltar a um desenho com um índice menor que a inflação mais um abono. Esse formato, que traz redução de salário, foi derrotado nos anos 90. Isso é um retrocesso que não vamos admitir", garantiu.
Greve forte conquista - Nos últimos anos os bancários vêm conquistando aumentos reais de salário e foi a força da greve que levou os banqueiros a retomar as negociações e a apresentar uma nova proposta. Na Campanha Nacional 2015 a greve vem crescendo e o período de sua duração será definido pela força da mobilização dos bancários. Somente uma greve forte garantirá uma proposta decente, que respeite a imensa participação dos bancários, com seu trabalho, nos lucros astronômicos que os bancos vêm apresentando.
Fonte: Contraf-CUT / Foto da home: Paralisação em Porto Alegre