Oitava rodada será realizada em São Paulo às 11h
Na manhã desta sexta-feira (26), um dia após a realização das assembleias de bancários pelo País que aprovaram greve a partir do dia 30, a Fenaban enviou ofício à Contraf-CUT chamando para uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional. O encontro será neste sábado (27) às 11h, em São Paulo. A assembleia no Grande ABC marcada para segunda-feira (29) está mantida, e vai avaliar o resultado desta negociação.
Ao final das assembleias da quinta à noite, que rejeitaram a proposta dos bancos e decretaram a paralisação, a Contraf-CUT enviou ofício à Fenaban comunicando a decisão da categoria e se colocando à disposição “para a retomada das negociações, visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária, que poderá ser apreciada pelas novas assembleias que os sindicatos realizarão na próxima segunda-feira, 29 de setembro”.
A avaliação do Comando Nacional – do qual participa o Sindicato dos Bancários do ABC – é que esse é o primeiro resultado da mobilização e da força da unidade dos bancários, que lotaram as assembleias para mostrar aos banqueiros que a proposta apresentada no dia 19 é insuficiente e querem mais. “Esperamos que os bancos apresentem amanhã uma proposta que atenda às reivindicações, que contemple aumento real de salário, valorização dos pisos, proteção ao emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
A assembleia de segunda, 29, será realizada na sede social do Sindicato, à rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, a partir das 19h.
As principais reivindicações dos bancáriosReajuste salarial de 12,5%.
PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
14º salário.
Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
Fim das metas abusivas.
Combate ao assédio moral.
Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.
Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.
Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Contraf-CUT, com Redação