Em comissão mista de deputados e senadores, presidente da empresa pública defende novamente a privatização do banco e critica o funcionalismo
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, voltou a atacar o banco ontem (8). Na Comissão Mista de Acompanhamento das Medidas de Combate à Covid-19, quando perguntado pelo deputado Mauro Benevides por que razão privatizar se o BB está tão bem, Novaes usou como justificativa as mudanças que o Banco Central está propondo para o setor bancário no ano que vem e alegou travas do setor público.
“A porta de entrada do Banco do Brasil é o concurso para escriturário (...) Essas transformações todas que serão necessárias não poderão ser feitas, ou serão feitas de maneira pouco adequadas, se nós continuarmos presos às amarras do setor público. É pensando no benefício do banco que eu falo em privatização”, disse Novaes.
“É mais um ataque à instituição e seus funcionários vindo de quem deveria zelar por sua proteção. Atacar os funcionários é depreciar o BB para tentar fortalecer a ideia da privatização”, afirma o diretor sindical Otoni Lima. O BB tem forte presença no agronegócio e na agricultura familiar, áreas para as quais os bancos privados não disponibilizam tanto crédito quanto instituições públicas, pois exigem retorno rápido a taxas altas; ou seja, é um banco essencial para o desenvolvimento do Brasil e merece respeito, assim como seus trabalhadores.
Live hoje – Estes e outros temas deverão pautar a live que discute hoje às 19h o papel de bancos públicos durante a pandemia, com a presença da representante dos trabalhadores no conselho de administração do banco, Débora Fonseca. Organizada pelo Sindicato, a transmissão traz ainda Rita Serrano, do CA da Caixa, e o presidente da entidade, Belmiro Moreira. O acesso à transmissão ao vivo, assim como o envio de perguntas, poderá ser feito pelo Facebook bancariosABC/.