Área restrita

Representantes do banco espanhol ainda não têm posicionamento sobre reivindicações dos trabalhadores que cobram melhorias

impasse-nas-negociacoes-do-aditivo-com-santander_670e860bde4b23d1269806bad1d0b089Prosseguem sem avanços as negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) com a direção do Santander sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na quinta-feira, 20, os negociadores do banco não trouxeram respostas às reivindicações dos trabalhadores, mesmo estando com a pauta desde maio. Afirmaram apenas que voltariam a analisar temas do documento. Não há data para nova rodada.

"O banco continua mostrando a falta de consideração com seus funcionários em não mostrar interesse em atender as reivindicações dos trabalhadores. Continuam colocando empecilhos para não renovar o acordo", disse Eric Nilson, secretário geral da Fetec-SP, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.

Os dirigentes sindicais insistiram que os funcionários têm de receber valores maiores que em anos anteriores pelo Programa Próprio de Remuneração Santander (PPRS); que o valor das bolsas de estudos tem de ser reajustado e que as metas sejam factíveis e não sofram alterações de uma hora para outra.

Outro ponto considerado relevante pela COE é que o Santander volte a considerar os filhos com idade de 21 a 24 como dependente do funcionário no plano de saúde. De forma unilateral, o banco os enquadrou como agregados, obrigando muitos bancários a retirá-los do convênio médico devido ao alto custo financeiro.

Aposentados cobram abono – Outro ponto da negociação foi a remuneração de cerca de 6 mil funcionários aposentados pelo Banespa. Esse grupo tem assegurado em acordo que os resultados das campanhas salariais sejam utilizados para corrigir os complementos de seus benefícios.

Para o acordo deste ano, os bancos – entre eles o Santander – propuseram o índice de 8% mais abono de R$ 3.500 para os salários. No entanto, o banco espanhol se nega a pagar o abono aos aposentados.

O movimento sindical está solidário aos aposentados. Caso o Santander não dê o mesmo tratamento aos aposentados, estará configurado desrespeito ao acordo.

Entidades representativas ganharam mais um tempo para apresentar laudos técnicos que confrontam os que foram apresentados pela Caixa

Graças à pressão dos representantes dos trabalhadores, o adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor está garantido até 31 de dezembro deste ano.  A prorrogação do pagamento, que seria suspenso em 31 de outubro, está assegurada na ata de fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2016. Para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT, a medida é importante para que as entidades produzam os laudos que atestam os riscos a que estão expostos esses empregados.

O banco levou dois anos para produzir laudos, mas os trabalhadores não tiveram acesso a todas as análises. O corte do adicional foi anunciando no dia 5 de julho, em comunicado interno, alegando que laudos de empresas contratadas consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos químicos pelos avaliadores não apresenta risco à saúde. E que, portanto, os empregados não teriam mais direito ao correspondente a 40% do salário mínimo (R$ 352), que estavam sendo pagos pela Caixa apesar de contestações dos trabalhadores sobre o valor.

Para contrapor este posicionamento, a Comissão Executiva levou o caso à Fundacentro, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, que tem ampla experiência na área de segurança, higiene e saúde no trabalho.  A instituição elencou problemas no processo de avaliação de insalubridade feito pelos peritos contratados pelo banco.

Pressão

Desde que a Caixa anunciou a suspensão do adicional de insalubridade aos avaliadores de penhor, as entidades representativas dos trabalhadores têm pressionado o banco a reverter essa medida. Além de contratar novas perícias técnicas para avaliar o ambiente de trabalho, realizaram um Dia Nacional de Luta no dia 20 de julho, denunciando o problema. O assunto foi levado também para mesa de negociação permanente do dia 12 de julho, quando a empresa recuou e manteve o pagamento por mais 90 dias.

Tesoureiros

Outro avanço importante da Campanha Nacional 2016 é relativo aos tesoureiros. Segundo a cláusula 60 do ACT 2016/2018, a Caixa se comprometeu a manter a função e apresentar na mesa permanente um plano de ação para resolver, de forma definitiva, os problemas enfrentados por esses empregados no tocante a saúde, segurança e condições de trabalho.

Os tesoureiros têm sofrido com mudanças realizadas pelo banco. Passaram a ser subordinados aos gestores da rede e, o que é mais grave, são submetidos a um período de ‘experiência’ de 60 dias. Após esse prazo, podem ser descomissionados e a agência não pode designar outro empregado para a função em caráter efetivo. “A empresa também quer acabar com a função e adotar o tesoureiro-minuto. Isso a Caixa ratificou que não fará nesse momento”, diz o coordenador da CEE/Caixa.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Política de manter taxas mais baixas nessas instituições, adotada nos governos Lula e Dilma, foi abandonada pelo atual presidente

A política de praticar taxas de juros mais baixas nos bancos públicos, adotada nos governos Lula e Dilma, foi abandonada por Michel Temer. De acordo com o ranking de crédito do Banco Central, o BB tem o maior juro no financiamento de veículos e a Caixa o segundo maior no crédito rotativo do cartão de crédito.Em 2008, no auge da crise financeira mundial, o governo Lula reduziu as taxas de juros nos bancos públicos, incentivando o consumo e impulsionando a economia por intermédio de uma política anticíclica. Já em 2012, a presidenta Dilma, ao combater o elevadíssimo spread bancário brasileiro – diferença entre o que a instituição gasta para captar dinheiro e o que cobram para conceder crédito – utilizou o BB e a Caixa para forçar uma redução das taxas cobradas pelos bancos privados. “Nos governos de Lula e Dilma, os bancos federais foram fundamentais para o sucesso de programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronaf, agricultura familiar e Fies, entre tantos outros (...) Com Temer, esses bancos deixarão de cumprir papel imprescindível na inclusão bancária e social, na transformação do Brasil em um grande país com mais distribuição de renda e justiça social – teremos poucos ricos e muitos pobres –; voltarão a ser grandes balcões de negócios com setores empresariais que financiaram o golpe e cabides de emprego para os políticos que votaram a favor do golpe”, avalia o bancário e presidente da Central Única dos Trabalhadores Vagner Freitas, em artigo publicado em seu blog.
Carros, cartões e consignado – No fim de 2015 o Banco do Brasil cobrava juro médio de 26,5% ao ano no crédito para a compra de veículos, o menor entre os cinco maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander). Entretanto, com a queda de demanda nesse segmento de financiamento, as instituições privadas reduziram suas taxas. O Santander baixou seu juro médio em cinco pontos, atingindo aproximadamente 24% a.a, o menor entre todas as instituições financeiras. Já Bradesco e Itaú reduziram entre 1 e 2 pontos percentuais suas taxas. Na direção contrária, o BB assumiu a liderança no custo do crédito para veículos, alcançando 27,2% a.a. Por sua vez, a Caixa manteve a taxa estável e agora ocupa o terceiro lugar.Já no crédito rotativo do cartão de crédito, em 2015 os clientes da Caixa que não quitaram integralmente a fatura pagaram 350,4% de juro ao ano, menor taxa entre os cinco maiores bancos. Porém, após elevação em setembro, o juro cobrado pelo banco público atingiu 508,2%, assumindo o posto de segunda maior taxa do mercado, atrás apenas do Santander (581% a.a). Entre as outras linhas de crédito acompanhadas pelo BC, o BB pratica a segunda taxa mais cara no crédito consignado para aposentados. A Caixa tem a taxa mais cara no consignado para empresas privadas. E no cheque especial, o juro mais barato deixou de ser do BB e passou a ser do Bradesco.
Fontes: Seeb SP, com informações do jornal Estado de S.Paulo e edição

O Bradesco pagará na próxima sexta (21) a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o abono de R$3,5 mil. No dia 27, serão pagas as diferenças nos vales, e no dia 28, as diferenças salariais e da 13ª cesta alimentação.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016-2018, assinada na última quinta-feira (13) com a Fenaban, em São Paulo, prevê 8% de reajuste mais abono de R$3,5 mil, agora em 2016, além de correção de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e no auxílio creche/babá. Para 2017, os bancários asseguraram reposição integral da inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real.

A antecipação da PLR corresponde a 54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Fonte: Contraf-CUT

Na mesma data haverá negociação do Acordo Aditivo

O banco Santander vai antecipar para o próximo dia 20 o pagamento da PLR, abono e diferenças salariais. A antecipação da PLR corresponde a 54% do salário mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que ocorrer primeiro) apurado no primeiro semestre deste ano.

A antecipação dos pagamentos foi reivindicada pelo movimento sindical após o encerramento da campanha nacional 2016. Também na data de 20 de outubro, a partir das 14h, haverá nova rodada de negociação para renovação do Acordo Aditivo da Convenção Coletiva de Trabalho. O resultado da negociação será divulgado neste site e demais redes sociais do Sindicato.

 

Conquista da campanha de 2015, valor da Participação Complementar de Resultado será alterado conforme índice de reajuste da categoria; pagamento vem junto com primeira parcela da PLR
Desde 2013, os bancários do Itaú fecham acordo bianual de PCR (Participação Complementar de Resultados). Em 2015, o valor creditado foi de R$ 2.285, uma vez que o retorno do patrimônio líquido do banco foi maior que 23% no ano. Conforme acordado na Campanha do ano passado, este valor será atualizado de acordo com o índice de reajuste salarial conquistado pela categoria neste ano de 2016.Ou seja, com a aprovação da proposta de reajuste salarial de 8% mais R$ 3.500 de abono, o valor da PCR 2016 ficará em R$ 2.468. Caso o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco seja maior que 23% este ano, a PCR subirá para R$ 2.587. Assim como aconteceu em 2015, a PCR será creditada junto com o pagamento da primeira parcela da PLR. Bolsas – Para 2017, após cobrança do Sindicato, o Itaú concordou em disponibilizar 5 mil bolsas de estudo no valor de R$ 390. Além da primeira graduação, os valores podem ser utilizados para pós ou segunda graduação.  Fonte: Seeb SP

Mais Artigos...