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Na terceira rodada de negociação específica, ocorrida nesta terça-feira (18) com a Contraf-CUT, Fetec-PR, Feeb-SP/MS e Sindicatos dos Bancários de Curitiba e São Paulo, o HSBC assumiu o compromisso com o movimento sindical de que não realizará mais demissões em 2014. 

Além disso, o banco inglês ficou de revisar, por meio de uma comissão paritária (banco e entidades sindicais), e reintegrar os demitidos irregularmente (bancários em estabilidade pré-aposentadoria, grávidas, afastados por motivos de saúde ou portadores de doenças crônicas). 

Já aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, o banco garantiu um adicional de três meses da cesta-alimentação e a extensão do plano de saúde em três meses além do prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Essa regra valerá até abril de 2015, com o objetivo de encarecer as demissões e proteger o emprego.

A força da mobilização garantiu avanços nas negociações, mostrando a importância da atuação do movimento sindical na defesa dos direitos dos trabalhadores. O banco precisa entender que toda demissão tem um ônus que vai muito além das questões financeiras domésticas. É preciso ter responsabilidade também com os impactos sociais e econômicos quando se trata de demissão em massa.

"Após essas  três reuniões que aconteceram em São Paulo, o HSBC garantiu investimentos no Brasil e informou que pretende fazer novas contratações que atendam ao seu novo perfil estratégico. Estamos atentos e observando a postura do banco no que se refere ao emprego. E, se preciso for, iremos à  luta novamente", disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Histórico 

No último dia 6, o HSBC iniciou um processo de demissões em massa em todo o país. No dia seguinte, os bancários de Curitiba reagiram e iniciaram protestos e paralisações de agências e centros administrativos em toda capital paranaense e se estenderam para outras cidades do Paraná e de outros estados nas bases territoriais de sindicatos filiados à Contraf-CUT.

Foram precisos quatro dias de paralisação para o banco inglês abrir o canal de diálogo com o movimento sindical. A primeira conversa se deu em Curitiba, no dia 12 de novembro, em uma audiência pública mediada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR). Contudo, a suspensão das paralisações só ocorreu na sexta-feira (14), após a primeira rodada, quando o banco suspendeu as demissões enquanto durarem as negociações.

Diante dos inúmeros boatos que surgiram, a direção do banco afirmou que não existe a intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Eles também negaram que o HSBC cogita deixar o Brasil.

Veja o que ficou garantido nas negociações:

- suspensão das demissões ate o final de 2014;

- reintegração dos trabalhadores em casos a serem analisados por comissão constituída entre sindicatos e HSBC (saúde, pré-aposentadoria, gravidez etc.);

- aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, ficou restabelecido um adicional de 3 meses da cesta alimentação e extensão do plano de saúde em 3 meses além do garantido na CCT, com validade até abril de 2015; e

- o HSBC ainda garantiu investimentos no Brasil e assegurou que pretende realizar contratações de novos empregados dentro do seu "perfil estratégico".


Fonte: Contraf-CUT 

Reivindicação do movimento sindical é suspensão das demissões e reversão das já ocorridas “Nossa principal luta é pela manutenção do emprego, é pelas pessoas. Não vamos nos omitir em realizar qualquer tipo de manifestação em defesa do emprego, e nenhum instrumento utilizado pelo banco vai nos impedir de fazer nosso papel”. Assim o diretor sindical Belmiro Moreira, funcionário do HSBC, define os protestos que vêm sendo promovidos pelo movimento sindical cutista contra as centenas de dispensas promovidas pelo banco inglês desde o último 6 de novembro, que, segundo informações extraoficiais, podem atingir mais de 800 trabalhadores. No Grande ABC, onde ocorreram oito dispensas, várias agências foram paralisadas, com a distribuição de carta aberta a clientes e usuários esclarecendo sobre a situação dos trabalhadores do HSBC. Como resultado das manifestações nacionais, houve encontro no Ministério Público do Trabalho do Paraná (em Curitiba), que orientou ao diálogo, e uma primeira negociação na tarde de ontem (13), entre representantes da empresa e da Contraf-CUT e dos sindicatos dos bancários de Curitiba e São Paulo. Nela, a direção do HSBC concordou em suspender as demissões enquanto durarem as negociações. A reunião continua nesta sexta-feira (14). Os representantes do banco afirmaram para os dirigentes sindicais que não existe intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Também negaram boatos de que o HSBC cogita deixar o Brasil, ressaltando que a matriz fez recentemente capitalização de R$ 1 bilhão na filial brasileira, demonstrando interesse em permanecer no País. O movimento sindical reivindica não só a suspensão das demissões como a reversão das já ocorridas.

Encontro será na tarde desta quinta (13), em São Paulo Os protestos no Grande ABC contra as demissões promovidas pelo HSBC atingem nessa quinta-feira, 13, agências do banco nos bairros Jardim, Centro, Utinga e Parque das Nações, em Santo André. Os diretores sindicais distribuem carta aberta esclarecendo a clientes e usuários os motivos da atividade. O HSBC demitiu mais de 300 trabalhadores na última semana, e o número total pode ultrapassar 800. Na região, oito pessoas perderam o emprego. Desde o anúncio das dispensas o movimento sindical cutista vem realizando protestos diários em todo o País. A reação resultou na realização de audiência na tarde de ontem (12/11) no Ministério Público do Trabalho do Paraná, com a presença de representantes do banco e do Sindicato dos Bancários de Curitiba, que solicitou a mediação. O procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto orientou o banco inglês a suspender as dispensas e iniciar negociação com os representantes dos trabalhadores. Também estabeleceu prazo de cinco dias consecutivos, até segunda-feira (17), para que o HSBC se manifeste a respeito das providências a serem adotadas. Diante dos questionamentos realizados pelo Sindicato sobre o número exato de demissões já concretizadas e dos critérios utilizados nos desligamentos, o banco informou que não havia levado dados precisos para a audiência. Segundo a assessoria jurídica do HSBC foram realizadas cerca de 180 demissões em Curitiba na última semana e outras 180 no restante do País. No entendimento da direção do HSBC as demissões não caracterizam dispensa coletiva nem redução de postos, mas processo ´normal´ de desligamentos acumulados nos meses de setembro e outubro, quando aconteciam as negociações da Campanha Nacional. O Sindicato contestou a informação posição e relatou que de janeiro a setembro de 2014 foram desligados 211 bancários da base de Curitiba e região, dado que contrasta com as 180 demissões realizadas em apenas uma semana. A reivindicação é que as demissões sejam suspensas. O HSBC solicitou que os protestos e paralisações sejam suspensos. O Sindicato se prontificou a encerrar a paralisação assim que o banco suspender o processo de demissão. São Paulo - Uma reunião de negociação entre o HSBC, a Contraf-CUT e os sindicatos de Curitiba e São Paulo foi marcada pelo banco para ocorrer na tarde desta quinta-feira (13), na capital paulista. O encontro foi agendado um dia após o ofício enviado pela Contraf-CUT ao HSBC cobrando negociação para discutir o fim das demissões, a reintegração dos demitidos e uma política permanente de emprego.

Os protestos contra as demissões no HSBC prosseguem hoje e, na região, são realizados na cidade de São Caetano. A Contraf-CUT enviou ontem (11/11) um ofício à direção do banco cobrando o agendamento de negociação urgente para discutir o fim das demissões, a reintegração dos demitidos e uma política permanente de emprego. Desde a última quinta-feira (6) estão ocorrendo dispensas em todo o Brasil, que podem chegar a mais de 800 funcionários, segundo informações extraoficiais. O banco não confirma o número de demitidos, mas também não nega nem divulga qualquer informação oficial sobre os cortes. Com as demissões, os bancários vêm paralisando desde sexta-feira (7) centros administrativos e várias agências em Curitiba, onde fica a sede do banco, bem como diversas unidades no interior do Paraná e em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Mato Grosso, entre outras. No Grande ABC, onde oito trabalhadores foram demitidos, já aconteceram protestos em várias agências. Audiência no MPT nesta quarta - Nesta quarta-feira (12) também ocorre a primeira audiência de mediação entre o Sindicato dos Bancários de Curitiba e o HSBC no Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná, na capital paranaense, para discutir as demissões. O funcionário do HSBC e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Alan Patrício, estará presente, representando a entidade dos bancários de todo o Brasil. Da Redação, com Contraf-CUT

Intermediação foi solicitada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba. Protesto contra centenas de dispensas prossegue nesta terça, 11 
O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Curitiba marcou audiência para intermediar negociação entre representantes dos funcionários e da direção do HSBC para discutir as demissões em massa realizadas pelo banco inglês. A reunião, solicitada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, ocorre nesta quarta 12, às 15h, na capital paranaense. Bancários do HSBC em todo o País prosseguiram nesta terça 11 os protestos contra as demissões, que podem ultrapassar 800. No Grande ABC, onde oito bancários foram dispensados, as manifestações atingiram agências de São Caetano e Diadema nesta terça, dando continuidade às manifestações iniciadas na semana passada.
 

O Sindicato dos Bancários do ABC dá prosseguimento nesta terça, 11, às manifestações em agências do HSBC, em protesto às centenas de demissões promovidas pelo banco. As atividades na região começaram na última sexta-feira, 7 de novembro, quando foram paralisadas agências nas cidades de São Caetano (avenida Goiás) e São Bernardo (rua Marechal Deodoro). Nesta terça o protesto atinge agências de Diadema e São Caetano. Oito trabalhadores foram demitidos no Grande ABC.

Em todo o País foram anunciadas mais de 300 dispensas na quinta-feira, 6, mas o número total pode chegar a mais de 800 trabalhadores. O lucro do banco na América Latina antes dos impostos no terceiro trimestre deste ano foi de US$ 96 milhões. Apesar de o montante indicar queda na comparação anual, o lucro deste terceiro trimestre mostra um aumento de 50% em relação ao trimestre anterior.

[caption id="attachment_6999" align="alignnone" width="618"]DSC04151 Diretores Belmiro, Elaine e Genilson na agência do Centro de Diadema[/caption]   [caption id="attachment_7000" align="alignnone" width="618"]DSC04203 Teresa Cristina e Elisabeth na agência do Centro de São Caetano do Sul[/caption]

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