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Impacto das mudanças anunciadas pelo BB será imediato na região

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Entre elas deverá estar o fim da agência 7000, escritório de Negócios MPE Santo André

As mudanças nacionais anunciadas pelo Banco do Brasil na última sexta, 5, terão impacto imediato para os bancários do Grande ABC. A avaliação do Sindicato é de que haverá fechamento de vagas, alterações nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO) e o fim da agência 7000, onde está o escritório de Negócios MPE Santo André.

O programa prevê a criação de novas funções, readequação nos quadros das agências, criação de três novas Centrais de atendimento e corte em vagas de caixas. O BB também anunciou a criação de mais de 2 mil novas carteiras de clientes para atendimento digital e ampliação do horário de atendimento noturno nas CABB; redução da função de caixa executivo em várias PSO e agências e prioridade aos caixas para realocação.

PAQ - Dentro do Programa de Adequação de Quadros (PAQ), o banco pretende transferir funcionários de locais de trabalho considerados com excesso de contingente para outros onde há escassez. O programa prevê inclusive realocações compulsórias. De acordo com seu regulamento, parte dos funcionários elegíveis à movimentação poderá receber  incentivo, mas a vantagem não está especificada no documento. O banco se outorga o direito de realocar de local de trabalho o funcionário que não aderir voluntariamente à movimentação.

O PAQ também incentiva funcionários de locais de trabalho com excesso de contingente a aderirem a um plano de demissão voluntária. Esse incentivo será feito por meio de uma indenização que corresponde a um salário por ano trabalhado – podendo ser limitado a oito, dez ou 12 salários, a depender da situação de cada trabalhador, mas o valor não terá reflexos na Previ e no Economus e funcionários que aderirem poderão ficar de fora da cobertura da Cassi, assim como seus dependentes.

No caso da região, a reestruturação que vem sendo promovida pelo BB não trouxe até agora resultados positivos e tampouco inovadores. Já se cogitava desde o ano passado o fechamento do escritório de negócios MPE em Santo André, sem gerente geral e com a vaga bloqueada e com os funcionários desconhecendo para onde e para quais funções seriam alocados. ”A falta de transparência serve para esconder o desmonte do banco, estamos assistindo ao esvaziamento das agências e à consequente desvalorização dos funcionários. O BB vai ser de novo laboratório para as mudanças que a Fenaban quer impor aos clientes de bancos; o BB fica com o desgaste e o " mercado " com a experiência”, afirma o diretor sindical e funcionário do banco Otoni Lima.

Ele lembra que o plano de demissão do BB está respaldado nas novas regras da reforma trabalhista, pois a legislação que entrou em vigor em novembro do ano passado criou a “extinção do contrato de trabalho por comum acordo”. Essa modalidade, tratada pelo banco no PAQ como “desligamento consensual”, paga ao funcionário metade do aviso prévio e 80% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). E o trabalhador não terá direito ao seguro-desemprego.

Ainda de acordo com a nova legislação trabalhista, o funcionário que aderir a um plano de demissão voluntária ou plano de desligamento não poderá acionar futuramente a empresa na Justiça cobrando direitos trabalhistas, como horas extras, por exemplo. Quem se sentir pressionado a aderir ao PAQ deve entrar em contato com os Sindicato.

Fontes: Seeb ABC e Contraf-CUT, com Redação

Arte da home: Seeb ABC

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