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Direção da Caixa não garante emprego e proposta é rejeitada

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Instituição ainda recusou a incorporação das funções e a assinatura do Termo de Compromisso, que garante o direito dos empregados da Caixa

Sem garantia de emprego não há acordo. A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) rejeitou ainda na mesa de negociação, realizada ontem (9), a proposta da direção do banco para alterar o modelo de custeio do Plano de Saúde Caixa.

A reunião deveria debater a garantia de empregos e de incorporação de função, que representa estabilidade de remuneração dos trabalhadores, e a assinatura do Termo de Compromisso entregue em 26 de outubro e que protege os empregados dos malefícios da Reforma Trabalhista. No entanto, a Caixa mudou sua estratégia, negou todas essas garantias e retirou todas as 

“Os trabalhadores tiveram disposição de negociar, mas a direção do banco e o governo se mostraram intransigentes, travando qualquer avanço”, avalia Jorge Furlan, membro da comissão de empregados e diretor sindical. Para os representantes dos empregados presentes ao encontro, a postura da Caixa é desrespeitosa, porque o Termo de Compromisso, a garantia de empregos e das funções dos empregados da Caixa representam conquistas e lutas históricas da categoria bancária durante décadas. “Nós, empregados da Caixa, não aceitamos nenhum tipo de retrocesso”, acrescenta o diretor sindical.

Embate - O embate começou no final de outubro quando, sob alegação da Caixa de que precisa se adequar às regras estabelecidas pelo Basileia 3. O banco informou então que estava empenhado em mudar o modelo de custeio do Saúde Caixa. Poderá, inclusive, mudar o estatuto da empresa, estabelecendo teto de 6,5% da folha de pagamento anual como limitador para despesas com o plano. A avaliação dos representantes do CEE/ Caixa é que este informe só foi feito por conta do Acordo Coletivo de Trabalho com validade de dois anos, no qual constam todas as conquistas históricas específicas dos empregados da Caixa, inclusive regra de custeio do Saúde Caixa.

Durante seu último encontro, o Comando Nacional dos Bancários avaliou que os empregados deveriam buscar garantias na negociação, visto que o banco impunha mudanças no modelo de custeio do Saúde Caixa com o objetivo de reduzir as provisões que é obrigado a fazer para cobrir despesas futuras com o plano de saúde. A medida liberaria bilhões de reais, que poderiam fortalecer a base de capital da instituição, mantendo linhas de crédito do banco.

Com o decreto publicado pelo governo federal no dia 1º de novembro, que cria um regime especial para venda de seus ativos, o risco de privatização fica cada vez maior. “Defender a Caixa 100% Pública é defender seus empregados e o povo brasileiro. Nossa luta é por moradia, saúde, educação, políticas públicas e mais qualidade de vida, e a Caixa sempre esteve presente nesse desenvolvimento como banco público. Só a luta nos garante”, afirma Furlan.

Fonte: Contraf-CUT, com Redação

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