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Brasileiros não votarão em quem aprovou reforma trabalhista e desaprovam rumos do governo Temer

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Pesquisas Vox Populi revelam que para 84% País está na direção errada; 79% rejeitam deputados reformistas e só 3% aprovam presidente

Duas pesquisas feitas pelo Instituto Vox Populi-CUT revelam que os brasileiros estão totalmente insatisfeitos com o governo Temer e com a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado. Uma delas é um alerta aos deputados que aprovaram a mudança: 79% dos entrevistados declararam que não votarão neles, uma resposta que por certo virá nas urnas em 2018.

De acordo com esse estudo, oito em cada dez brasileiros não votarão nesses deputados. Eles permitiram a criação da lei 13.467, que estabelece as mudanças na legislação trabalhista bancada por por entidades empresariais. No Sudeste, a rejeição chega a 86%; 82% no Nordeste; 76% no Centro-Oeste/Norte (menor colégio eleitoral, com 14% dos votos do País) e 55% no Sul. “A grande maioria dos parlamentares está no Congresso Nacional para defender os próprios interesses e não os direitos dos trabalhadores”, denuncia o presidente da CUT, Vagner Freitas. “É claro que não estão lá para defender trabalhadores, mas exageram tanto no ataque aos direitos sociais e trabalhistas que correm o risco de não conseguirem se reeleger”, aponta.

A rejeição a quem votou contra o trabalhador atinge todas as regiões do país, todas as faixas etárias, de renda e escolaridade. Segundo a sondagem, 67% afirmam que a "reforma" trabalhista favorece apenas os patrões. Para 15%, a nova lei não é boa para ninguém. A pesquisa foi realizada em 118 municípios e ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Fora, Temer! – O outro estudo feito pelo instituto Vox-Populi reforça o pedido das ruas: o presidente Temer tem ridículos 3% de aprovação, e a maioria dos brasileiros (84%) considera que o Brasil segue na direção errada neste governo. As piores avaliações do presidente estão no Nordeste (83%), região que vem sofrendo fortemente com os efeitos da crise, cortes nas políticas públicas sociais, com a falta de investimentos e de uma política econômica que favoreça o investimento e a ampliação do crédito à produção e ao consumo. Temer também tem uma péssima avaliação entre os jovens (76%) e adultos (77%), que mais sofrem com o desemprego e a falta de oportunidades. 

“A Ponte para o Futuro de Temer, que deveria, segundo a apresentação no site do PMDB, preservar a economia brasileira e tornar viável o desenvolvimento do país, está gerando só aumento da fome e desemprego, do gás, das contas de luz e da gasolina, além de lucros e benefícios para os empresários que financiaram o golpe”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas.

O diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, concorda com a avaliação do presidente da CUT. Segundo Coimbra, “a pesquisa mostra que a grande maioria da população não aprova o governo e rejeita sua agenda”. Ele lembra que, depois do golpe, “não durou nem 30 dias a esperança de que o governo Temer pudesse trazer alguma melhora para o País”. “De lá para cá, o que era ruim piorou”, conclui.

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