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Santander lucra R$ 7,2 bilhões em 2017, mas segue demitindo e lidera reclamações no Banco Central

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Banco teve crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, eliminou 1,3 mil vagas em 12 meses e é o atual líder de reclamações de clientes, segundo o BC

O Santander lucrou R$ 7,2 bilhões nos nove primeiros meses de 2017, resultado 34,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em termos globais, o lucro alcançou € 5,592 bilhões, com o Brasil contribuindo com 26% desse total. Mesmo assim, o banco continua desrespeitando os brasileiros: reduziu o quadro de trabalhadores no País (de setembro de 2016 a setembro de 2017 eliminou 1.392 postos de trabalho, totalizando 46.632 funcionários no terceiro trimestres de 2017) e é o líder de reclamações entre os clientes.

Ou seja: o Santander chegou a esse expressivo resultado em sua lucratividade à custa da exploração dos bancários, por meio das metas abusivas e da sobrecarga de trabalho, e também pelo descaso com seus clientes, que pagam juros e tarifas extorsivas e muitas vezes recebem em troca um atendimento inadequado, em consequência da falta de funcionários e da oferta de produtos desnecessários, com o único objetivo de aumentar os lucros.

As reclamações dos clientes, de acordo com levantamento o Banco Central do Brasil, atingiram 1.600 queixas procedentes no terceiro trimestre deste ano. O banco registrou índice de 41,16, seguido pelo Votorantim (32,05) e, em terceiro, a Caixa Federal (31,88). O Bradesco aparece como a quarta instituição com mais reclamações (23,99), depois vem Banco do Brasil (22,00), Itaú (17,20) e Banrisul (15,97).

Para calcular o índice, o BC divide o número de reclamações pelo de clientes e multiplica o resultado por 1.000.000. Quanto maior o índice, pior a classificação da instituição. Antes publicado a cada dois meses, o ranking passou a ser trimestral neste ano.

Entre as instituições com menos de 4 milhões de clientes – que formam um ranking à parte –, a liderança é da Facta Financeira, com índice de reclamações de 479,53. Em seguida aparecem BRB (131,23), Intermedium (76,35), Pan (73,25), Paraná Banco (72,05), Citibank (61,23), Agiplan (56,08), Realize (52,97), Safra (52,08) e Alfa (47,75).

 

Fote/arte: Seeb SP

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