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Itaú tem lucro recorde de R$ 5,8 bi no trimestre, mas fecha 2.248 empregos

Itaú
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O Itaú, maior banco privado brasileiro, anunciou nesta terça-feira 5 lucro líquido recorrente de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma alta de 28,2% em relação aos primeiros três de 2014, o que representa o maior resultado já apresentado por um banco no Brasil neste período. 

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 24,5%, com alta de 1,9 pontos percentuais - mais que o dobro da média do sistema financeiro internacional. 

Mesmo assim, o Itaú fechou 2.248 postos de trabalho nos últimos 12 meses. O número de empregados da holding ao final do trimestre foi de 85.773 e teve redução de 2,6% . A rede de atendimento do Itaú passou a contar com 22 novas agências no período, entretanto, foram fechados 19 PA's e abertos 1.043 novos correspondentes. 

O balanço

O lucro líquido recorrente do Itaú de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre significa uma alta de 28,2% em relação ao mesmo período de 2014. Uma alta de 1,99 pontos percentuais em doze meses, segundo análise do Dieese. 

A carteira de crédito do banco cresceu 13,8% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 578,6 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 11,3% em 12 meses, chegando a R$ 187,3 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 304,4 bilhões, com elevação 10,7% em comparação a março de 2014.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,5 ponto percentual no ano, ficando em 3,0% no 1º trimestre do ano. Apesar da inadimplência estar baixa e em queda o Itaú aumentou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 29,4% em relação a março de 2014, totalizando R$ 5,5 bilhões. 

O aumento nas chamadas PDDs pode estar relacionado a uma expectativa de aumento futuro da inadimplência em decorrência do aumento das taxas de juros que afeta negativamente a capacidade de pagamento do empréstimos.

As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 14,4 % em relação a 2014, subindo para R$ 7,4 bilhões, enquanto as despesas de pessoal subiram 17,1%, passando para R4,4 bilhões. Com isso, a cobertura das receitas em relação a essas despesas chegou a 167,31% em março de 2014. Ou seja, o banco cobriu totalmente a folha de pagamento com estas receitas secundárias e e ainda teve uma "sobra" equivalente a quase 70% do valor da folha. 

Veja aqui os principais dados do balanço analisados pelo Dieese. 

Fonte: Contraf-CUT

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