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Diversidade: Censo prossegue até novembro

Censo da Diversidade
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Seja você também agente da diversidade, levantando sua voz contra a desigualdade, como fez o técnico de futebol Roger Machado com o racismo

O racismo existe no Brasil e sua prática é cotidiana, inclusive no ambiente de trabalho. Por isso é muito importante quando o tema ganha força na voz de artistas, políticos, personalidades reconhecidas do grande público, que muitas vezes se informa e se identifica com essas pessoas. Um exemplo desse posicionamento foi o demonstrado pelo treinador de futebol negro Roger Machado, do tricolor baiano, após a partida entre Fluminense e Bahia realizada no Maracanã na noite do último dia 12.

Antes da partida, ele e o técnico Marcão, ambos negros, vestiram a camisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Mas foi durante coletiva de imprensa que Machado destacou sua postura frente ao racismo. “Vivemos um preconceito estrutural institucionalizado. O preconceito que sofri não foi de injúria racial. O que sofro é quando vou a um restaurante e só tem eu de negro. Fiz uma faculdade onde era só eu era negro. As pessoas podem falar que não há racismo porque estou aqui e eu nego: há racismo porque só eu estou aqui”, declarou o treinador, que lamentou o fato de o confronto entre times com treinadores negros ter chamado tanto a atenção.

O racismo, a homofobia, a perseguição religiosa, o machismo: todas essas condições impedem a igualdade de oportunidades. “É fundamental reagir a isso, nos posicionando e ajudando na criação de políticas e estratégias de combate às discriminações”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. A campanha pela diversidade continua ativa nas entidades bancárias da ContrafCUT, e o Censo da Diversidade foi prorrogado até 29 de novembro para que todos possam participar: www.diversidade.febraban.org.br/. O resultado do Censo ajudará a traçar um perfil do ambiente de trabalho bancário, norteando novas reivindicações e iniciativas.