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Mortes por covid-19 ultrapassam 2 mil no Grande ABC

Coronavírus
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Total dobrou em menos de dois meses; crise econômica causada pela pandemia pode resultar na maior queda do padrão de vida dos brasileiros desde a década de 1940

O total de mortos pela covid-19 ultrapassou ontem (19) a marca dos dois mil no Grande ABC. Foram 2.006 óbitos causados pela doença desde o primeiro na região, registrado em 25 de março. A casa dos mil tinha sido atingida em 23 de junho passado; ou seja, foram 90 dias para chegar a esse primeiro patamar e outros 57 para dobrar.

A cidade do Grande ABC com o maior número de mortes causadas pelo coronavírus é São Bernardo, com 717, seguida de Santo André (444), Diadema (363), Mauá (245), São Caetano (155), Ribeirão Pires (63) e Rio Grande da Serra (19). O levantamento é do jornal Diário do Grande ABC.

A rapidez com que a doença progrediu em menos de dois meses coloca em xeque medidas de prevenção e segurança adotadas até agora, como flexibilizar a economia mesmo sem queda nos casos. Especialistas apontam para a necessidade de testagem em massa da população, melhor diagnóstico clínico e na qualidade dos testes e distanciamento para redução do contágio.

Ainda de acordo com a reportagem do jornal regional a doença mata, em média, uma pessoa a cada duas horas na região, letalidade sete vezes maior do que todos os casos de homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte), tanto doloso (quando há intenção de matar) quanto culposo, que tiraram 289 vidas no ano de 2019.

Já em relação aos infectados foram mais 393 diagnósticos ontem, com total de 50.904 na região. São Bernardo também lidera, com 23.059 casos, seguida de Santo André (13.859), Diadema (6.803), São Caetano (2.983), Mauá (2.914), Ribeirão Pires (865) e Rio Grande da Serra (421).

Renda – Com a crise econômica agravada pelo coronavírus os brasileiros podem vivenciar a maior queda do padrão de vida desde a década de 1940. Calculada a partir do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, a retração esperada é de 6,7% este ano —e mais da metade dos brasileiros já percebe que está em uma situação pior do que antes da pandemia. Até então, o maior recuo havia sido em 1981.

Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, além de mais da metade (54%) dos brasileiros afirmar que seu padrão de vida piorou, seis em cada dez estimam que vai levar mais de um ano para reconquistar o que tinham. E um terço dos que têm plano de saúde, pagam escola particular para os filhos ou empregam um trabalhador doméstico afirma que não conseguirá manter ao menos um desses serviços.

Campanha nacional – Frente a dados que indicam essa gravidade da crise econômica, a campanha nacional da categoria bancária reforça a necessidade manutenção dos empregos e dos direitos conquistados ao longo de décadas. Além disso, busca discutir novos modelos surgidos com a pandemia, como é o caso do teletrabalho (home-office), que precisa ser regulamentado.

As negociações estão em curso, e os representantes bancários já avisaram que não aceitarão retrocesso, como por exemplo a redução na PLR proposta pelos bancos. “Nesse ano, por conta da pandemia, nossa negociação é feita pela internet. E assim também deve ser nossa mobilização nesse momento, participando das ações via twitter, Facebook e todos os meios virtuais disponíveis para mostrar nossa disposição de luta”, afirma o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

Solidariedade – Os bancários também podem demonstrar sua solidariedade participando da campanha de doações promovida pelo Sindicato, que recebe alimentos, produtos de higiene e limpeza, roupas. É só levar à sede social da entidade ou pedir para que seja retirado no local desejado (rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, das 10h às 16h, telefone 99798-4732). Ou depositar na conta na conta corrente 00001809-0 - agência 2075 da Caixa, operação 003. Pelo sistema PagSeguro, via internet, o valor fixo de doação é de R$ 50, com acesso pelo link https://pag.ae/7VZiouZb8