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O banco ficou de avaliar uma nova proposta sobre os endividamentos dos trabalhadores ainda neste mês

comissao-de-organizacao-dos-empregados-coe-do-itau-cobra-do-_2ae9555b43ada834f434dc30fb04ade8Em reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho, realizada na tarde desta quinta-feira (11), em São Paulo, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, os representantes dos trabalhadores cobraram do banco o retorno das principais pendências apontadas pelos bancários sobre os assuntos relacionados a saúde e condições de trabalho.

Segundo Adma Gomes, diretora do Sindicato e integrante do GT de Saúde, o banco havia se comprometido trazer devolutivas efetivas sobre as questões que afligem os trabalhadores no local de trabalho. “Esta mesa é muito importante para o movimento sindical, pois trata da saúde do trabalhador bancário e a nossa categoria é a que mais vem se afastando por adoecimentos como a LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), além dos afastamentos por problemas psíquicos. Por isso, precisamos respostas concretas do banco”, explicou.

O Itaú havia se comprometido, em reunião passada, a trazer devolutivas sobre as questões pendentes, bem como uma solução para a questão do endividamento do trabalhador, além de apresentar dados reais referentes à saúde do trabalhador no ambiente bancário.

Em relação aos endividamentos, os casos onde houve um atraso ou equívoco no cadastramento ou afastamento do funcionário, que acarretou na cobrança indevida, o banco ficou de fazer uma revisão referente ao assunto e se comprometeu, mais uma vez, a acertar as pendências.

“O banco já apresentou alguns programas, só que além de apresenta-los é preciso de fato debater os assuntos e as propostas concretas, que irão melhorar o dia a dia do trabalhador bancário”, acrescentou Adma.

Outra questão pendente é referente aos dados reais sobre a saúde e os números de adoecimento dos trabalhadores no local de trabalho. O banco complementou os dados nesta reunião, estratificados por Estado e ficou de dar continuidade ao assunto na próxima ocasião. Esses dados são importantes para se ter a compreensão real do nível de adoecimento dos bancários do Itaú.

O banco ficou de avaliar uma nova proposta sobre os endividamentos ainda neste mês. A próxima reunião ainda não tem data marcada.

Fonte: Contraf-CUT

Agências do Grande ABC ficarão fechadas durante todo o dia

O Sindicato dos Bancários do ABC promove nesta quarta, 10, paralisação em agências do banco Itaú nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. O protesto é motivado pelo desrespeito do banco à livre organização sindical, com perseguição a dirigentes do Sindicato e trabalhadores.

O direito à livre organização sindical é garantido pelo Constituição brasileira e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT, em sua convenção 87). O Sindicato já tentou iniciar diálogo com a instituição para evitar tais ocorrências, mas, até o momento, sem sucesso. “Vamos protestar e insistir na necessidade de diálogo”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

Caso o banco não se pronuncie, antecipa, novas manifestações serão realizadas, com a divulgação dos responsáveis pelas agências em que as perseguições estão ocorrendo.

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Banco cortou 2.815 empregos em doze meses e fechou 161 agências no país

No primeiro semestre de 2016, o lucro líquido recorrente do Itaú foi de R$ 10,7 bilhões, o que significou uma queda de 10,2% em relação ao mesmo período de 2015. Vale ressaltar, porém, que o resultado sofreu influência do aumento das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD’s), as quais subiram 21,3%, totalizando R$ 13,3 bilhões. A análise feita pela subseção do Dieese, na Contraf-CUT, demonstra que a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 20,1%, com redução de 4,6 pontos percentuais em doze meses. Outro destaque é que o Itaú Corpbanca (fusão entre Banco Itaú Chile e Corpbanca) passou a ser consolidado nas demonstrações contábeis da holding.

Corte de empregos

O último balanço reforça que o Itaú continua demitindo. O número de empregados da holding no Brasil, ao final do segundo trimestre, foi de 82.213 e teve redução de 3,3%, que representou o corte de 2.815 postos de trabalho em doze meses. No que se refere à rede de atendimento, o banco fechou 161 agências no período, enquanto foram criadas 59 “agências digitais”.

O fim das demissões e mais contratações no Itaú, estão entre as principais reivindicações dos funcionários nesta Campanha Nacional. O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais também preocupa os trabalhadores.

Em São Paulo já são sete pontos digitais, o Rio de Janeiro também já conta com um. Até o fim do ano, mais agências digitais serão abertas. Além de cortar empregos, o Itaú mexeu nas relações de trabalho. Os funcionários das agências digitais têm jornada de oito horas. O banco digital em que o Itaú está se transformando vem reduzindo postos de trabalho em todo o país.

Carteira de crédito

A carteira de crédito do banco caiu 5,4% em doze meses, atingindo um montante de R$ 608,6 bilhões (no trimestre houve queda de 4,5%). As operações com pessoas físicas decresceram 2,5% em doze meses, chegando a R$ 182,6 bilhões, tendo permanecido praticamente estável em relação ao 1º trimestre (-0,9%). Ampliaram-se os segmentos de menor risco em PF, como o imobiliário (14,3%) e o consignado (2,1%). Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 184,2 bilhões, sofrendo redução de 14% em doze meses, e queda de 6,2% no trimestre.

Inadimplência e receitas

O índice de inadimplência superior a 90 dias total apresentou elevação de 0,6 ponto percentual no ano, ficando em 3,6% no 1º semestre. No Brasil, esse índice ficou em 4,5%, com elevação de 0,9 ponto percentual.

O Itaú obteve R$ 26,4 bilhões como resultado com a operação Títulos e Valores Mobiliários e com Aplicações Compulsórias, consolidando uma redução de 18,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Esse movimento foi diretamente influenciado pelo estacionamento da taxa Selic no patamar de 14,25% ao ano, após sucessivos aumentos desde 2014.

As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 8% em relação a junho de 2015 e somaram R$ 16,1 bilhões, enquanto as despesas de pessoal subiram 13,5%, totalizando R$ 9,9 bilhões. Com isso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 163,3% (8,3 pontos percentuais a menos que em junho de 2015).

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O Sindicato fechou quatro  agências do Itaú em Santo André nesta terça-feira (2) e quarta-feira (3) para cobrar do banco que se cumpra o que foi acordado na questão das portas de segurança. O banco se comprometeu em instalar esse item de segurança nas agências que não têm, no entanto vem adiando a instalação.

“Na agência da Cesário Motta no Centro de Santo André, por exemplo, que foi assaltada alguns meses atrás, o banco tinha estipulado um prazo até o dia 30 de junho para a colocação da porta de segurança, no entanto já prorrogou duas vezes essa data e não cumpre o prazo”, explica a diretora do Sindicato e funcionária do banco Elisabeth Lopes.

Outra cobrança feita pelo Sindicato é a respeito do horário estendido. “Há agências que funcionam das 9h às 19h e nós queremos que o horário seja das 10h às 16h, pois esse horário de funcionamento estendido imposto pelo Itaú, além de atrapalhar a rotina dos bancários, também gera insegurança”, disse Elisabeth.

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Na segunda-feira, 01, o Sindicato dos Bancários em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, realizaram uma atividade na Mercedes Benz para denunciar os trabalhadores sobre as práticas antissindicais cometidas pelo banco Itaú que, com perseguições à organização dos trabalhadores, ferem os artigos da Organização Internacional do Trabalho - OIT

Nesta atividade foi distribuída uma carta aberta explicando sobre essa atitude do banco, que além de prejudicar os trabalhadores bancários, dificulta também a vida dos metalúrgicos que sofrem com as filas geradas pelo fechamento de postos de trabalho no banco.

Essa situação praticada pelo banco Itaú não leva em conta os Princípios de Responsabilidade Social dos Prestadores de Serviços das Empresas Metalúrgicas quando não respeita a organização dos trabalhadores, ferindo assim os princípios e a OIT, pois todos os fornecedores e terceiras devem garantir o respeito aos princípios de responsabilidade social e os mesmos tratamentos praticados pela tomadora, que não é o caso do Itaú.

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O banco Itaú dobrou o número de queixas e ocupa o segundo lugar no ranking de reclamações de clientes dirigidas ao Banco Central no primeiro semestre de 2016. Com mais de 60 milhões de clientes no Brasil, em junho, o Itaú registrava um índice de 59,05, o dobro do mesmo mês de 2015, que foi de 29,52.

O conglomerado BMG ficou em primeiro lugar no ranking de reclamações semestrais, embora tenha uma carteira de clientes trinta vezes menor, com pouco mais de dois milhões. O BMG ficou com um índice de 323,79.

O resultado representa o desempenho consolidado de bancos, financeiras e administradoras de consórcio. O índice é calculado com base no número de reclamações procedentes dividido pelo número de clientes e multiplicado por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada banco para cada grupo de um milhão de clientes.

A Caixa (79 milhões de clientes), ocupou a terceira posição, com índice de 50,74 de reclamações consideradas procedentes. Bradesco (77 milhões), com 47,80, e o Santander (34 milhões), com 35,88, completam a lista dos cinco conglomerados que tiveram mais demandas dirigidas ao Banco Central no primeiro semestre de 2016.

 Falta de funcionários nas agências reflete nas reclamações

Segundo o BC, a maior parte das reclamações ocorreu pela "oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada". Em seguida, ficaram as queixas relacionadas a irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito. Em terceiro lugar, outras irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços. Débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente e cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados completam a lista dos cinco principais problemas.

 Número de reclamações é muito maior – BC fixa taxa de juros e regula cobrança de tarifas, mas não protege consumidor

 O ranking de reclamações do Banco Central não contabiliza as queixas feitassem outros órgãos de defesa do consumidor como o Procon de cada estado. Por exemplo, de acordo com o do site do Peocon SP, tendo como fonte o SINDEC (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor) e atualização datada em 31 de dezembro de 2015, o Itaú recebeu 16.672 reclamações somente neste estado.

No site do Banco Central, no campo para registro da reclamação há a seguinte mensagem:

“Qualquer cidadão pode registrar, no Banco Central do Brasil (BCB), reclamações sobre os serviços oferecidos pelas instituições financeiras. Elas ajudam no processo de regulação e fiscalização do sistema financeiro. Entretanto, o BCB não tem competência legal para atuar sobre o caso individual do cidadão. Em caso de conflito com a instituição financeira, o cidadão deve procurar:

  1. O local do atendimento ou o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da própria instituição;
  2. A ouvidoria da instituição financeira;
  3. Os órgãos de defesa do consumidor.”

Fonte: Contraf/CUT

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